" Se a carapuça serviu... " estudo de caso sobre a cultura das indiretas e a violência simbólica no Facebook
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/494 |
Resumo: | O presente estudo busca discutir como a violência simbólica pode ser caracterizada e perpetuada através das “indiretas” no Facebook, isto é, a partir de construções implícitas, sutis e muitas vezes travestidas de humor e que ameaçam diretamente a representação online de cada sujeito. Traremos para a pesquisa conceitos como o de dominação simbólica e de habitus, sob a perspectiva de Bourdieu (1930), de estabelecidos e outsiders de Norbert Elias (2000) e da fronteira desenhada pelos próprios indivíduos designando superioridade e normas a partir de seus papeis sociais (GOFFMAN, 2013). A ideia é mostrar que a violência não se manifesta somente em atos físicos e explícitos, mas também pode ser encontrada nos discursos e escamoteada nas relações sociais, não sendo diferente no ambiente online. A partir das características da conversação mediada por computador (CMC) e dos públicos em rede (BOYD, 2007; 2010) trataremos questões sobre os rituais, a representação online do self (BOYD e ELLISON, 2007) e particularidades da sociedade em rede (RECUERO, 2012) na qual estamos inseridos, levantando questionamentos que dizem respeito especialmente a construção da face (GOFFMAN, 2012) de cada sujeito. Ancorados em tais conceitos, escolhemos três páginas cujo uso das “indiretas” é frequente e selecionamos duas postagens de cada, totalizando seis publicações. Recorremos à metodologia da Análise do Discurso Mediada por Computador (CMDA) desenvolvida por Herring (2004; 2012; 2013) na tentativa de encontrar padrões capazes de indicar a manutenção da violência simbólica através da apropriação dos recursos oferecidos pela CMC, especialmente nas trocas instauradas no Facebook, de forma a considerar as peculiaridades deste contexto multimodal e os efeitos de sentido produzidos, disseminados e dissimulados pela “indireta”. |