Mecanismo de defesa do ego e empatia no manejo psicoterapêutico do transtorno depressivo maior em adultos
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/993 |
Resumo: | Introdução: O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um transtorno mental comum e recorrente, que causa grande sofrimento ao sujeito e afeta seus relacionamentos interpessoais, atividades sociais e ocupacionais. A psicoterapia é uma estratégia eficiente no tratamento dessa doença, em especial, os modelos breves de psicoterapia psicodinâmica suportivo-expressiva (PDSE) e da terapia cognitivo comportamental (TCC). Ao aprofundarmos na questão da psicoterapia percebemos que os mecanismos de defesa e a empatia do paciente são construtos importantes e associados ao modo como o sujeito se relaciona consigo mesmo e com os outros. Estudar a relação desses conceitos com a sintomatologia depressiva possibilitará uma avaliação diagnóstica e prognóstica mais adequada, além do delineamento de estratégias úteis que se adequem ao real quadro clínico do paciente e assim, na otimização do processo de melhora terapêutica. Objetivo: Avaliar o efeito das psicoterapias nos mecanismos de defesa do ego e na empatia dos pacientes. Assim como correlacionar a diferença de médias com os sintomas depressivos no final do tratamento e nos acompanhamentos de 06 e 12 meses. Método: Ambos artigos são estudos longitudinais e quase-experimentais aninhados a um ensaio clínico randomizado com dois modelos de psicoterapia breve para adultos (18–60 anos) diagnosticados com TDM. O diagnóstico de TDM ocorreu através da Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI-PLUS). Para avaliar os mecanismos de defesa foi utilizado o Defense Style Questionnaire-40 (DSQ-40), o Inventário de Empatia (IE) avaliou a empatia do paciente e os sintomas depressivos foram medidos pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI). Resultados: A amostra foi composta por 195 participantes. O aumento das defesas maduras se associou significativamente a redução de sintomas depressivos em todos os tempos de acompanhamento (pós-intervenção: adj. r2=0.338; β=0.381; p<0.001 / 6 meses: adj. r2=0.248; β=0.355; p<0.001 / 12 meses: adj. r2=0.544; β=0.421; p<0.001) e a diminuição das defesas imaturas se associou significativamente a redução de sintomas depressivos em todos os tempos de acompanhamento (pósintervenção: adj. r2=0.351; β=0.352; p<0.001 / 6 meses: adj. r2=0.232; β=0.335; p<0.001 / 12 meses: r2=0.148; β=0.355; p<0.001). Enquanto que as defesas neuróticas não se associaram a redução dos sintomas depressivos em nenhum momento dos acompanhamentos (p>0.05). Ambos os grupos apresentaram aumento no nível global de empatia e em todos os componentes do instrumento durante a terapia, aos 6 meses e 12 meses, exceto para o fator de sensibilidade afetiva. Uma correlação significativa entre o aumento da empatia e a redução dos sintomas depressivos foi identificada em todos os momentos. No entanto, uma associação significativa entre a diferença na pontuação total de ambos os instrumentos foi observada apenas aos 6 meses [β: -0,34; (IC95%: -0,67, 0,01); p = 0,043] na análise multivariada. Conclusão: Ambos os modelos terapêuticos foram eficazes na melhora clínica dos pacientes, com diminuição dos sintomas depressivos, aumento de mecanismos defensivos maduros e diminuição de mecanismos imaturos, assim como, aumento da empatia. E essas melhoras se mantiveram nos diferentes tempos de avaliação. |