Evidências empíricas dos efeitos de dois modelos de psicoterapia breve: um ensaio clínico para depressão
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/776 |
Resumo: | Introdução: A depressão maior é um transtorno incapacitante, bastante prevalente e está associada à redução da qualidade de vida, deficiência nas relações sociais e pessoais e prejuízo na funcionalidade da vida profissional. Os modelos breves de psicoterapia têm se mostrado eficazes, tendo nos últimos anos havido um crescente interesse e compromisso com a integração desses modelos com outros serviços de saúde mental no contexto de cuidados primários. Objetivos: Esta tese tem como objetivo avaliar a eficácia de dois modelos de psicoterapia breve para depressão no progresso terapêutico e na melhora de sintomas depressivos após a intervenção. Como também, avaliar o impacto destes dois modelos de psicoterapia breve na funcionalidade do paciente e na sintomatologia depressiva e ansiosa no follow-up de dozemeses. Método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 247 indivíduos de 18 a 60 anos de idade que buscaram por tratamento psicoterapêutico no Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental da Universidade Católica de Pelotas. O diagnóstico de transtorno depressivo maior foi realizado através da Mini International Neuropsychiatric Interview – PLUS (MINIPLUS). Os modelos de psicoterapia utilizados foram: Psicoterapia Dinâmica Suportiva- Expressiva (PDSE) (18 sessões) e Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) (16 sessões). O progresso terapêutico foi avaliado através do instrumento Outcome Questionnaire-45 (OQ-45) e os sintomas depressivos através do Beck Depression Inventory-II (BDI-II). A funcionalidade do paciente foi avaliada através da Functional Assesment Short Test (FAST) e a sintomatologia ansiosa através do Beck Anxiety Inventory (BAI). Participantes foram avaliados no início, durante o tratamento e após a intervenção (última sessão), como também no follow-up de seis e doze-meses. Resultados: Ambos modelos foram eficazes na melhora do BDI-II do baseline ao pósintervenção na TCC (p £ 0.05; Cohens’d = 1.27) e OQ-45 (p £ 0.05; Cohens’d = 1.42), e na PDSE no BDI-II (p £ 0.05; Cohens’d = 1.09) e OQ-45 (p £ 0.05; Cohens’d = 1.13), sem diferença entre os modelos para o BDI-II (IC = -0.19 a 0.52) e OQ-45 (IC= -0.14 a 0.57). Houve uma melhora na funcionalidade em ambos modelos do baseline ao follow-up de doze-meses (F = 22.981, p < 0.001), nos sintomas depressivos (F = 50.054; p < 0.001) e sintomas ansiosos (F = 21.036; p < 0.001). Não houve diferenças entre os modelos em todos os tempos de avaliação. Conclusão: Os dados demonstram que ambos os modelos de psicoterapia foram eficazes na melhora da autoavalição do progresso terapêutico e dos sintomas depressivos durante o 7 tratamento para o transtorno depressivo maior, como também tiveram impacto na melhora da funcionalidade e da sintomatologia ansiosa e depressiva um ano após o término. |