Transtorno de ansiedade social materno e desenvolvimento motor dos filhos aos 3 meses de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FERREIRA, Lidiane Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/809
Resumo: Introdução: Entre os transtornos de ansiedade, está o Transtorno de Ansiedade Social (TAS), caracterizado por um medo intenso e persistente de julgamento diante de situações sociais. Já o desenvolvimento motor infantil pode ser entendido como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma série de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. Sugere-se que quando há prejuízo na interação social materna os estímulos que são passados para o bebê podem ser limitados, gerando assim uma série de limitações que podem se estender durante toda a vida. Objetivo: Associar o TAS materno no pósparto, assim como fatores ambientais e psicossociais, ao desenvolvimento motor dos filhos aos três meses de idade. Método: Estudo transversal aninhado a uma coorte, de base populacional, que desde 2016 acompanha mulheres no período gestacional até o desenvolvimento do bebê aos 3 meses de idade, na cidade de Pelotas/RS. Para avaliar a presença do TAS materno foi utilizada a Mini International Neuropsychiatric Interview Plus e, para avaliar o desenvolvimento motor dos filhos foram utilizadas a Bayley Scales of Infant Development III e a Infant Motor Scale of Alberta. Além disso, foi aplicado um questionário geral, pré codificado e semi-estruturado para coletar informações maternas e de nascimento do bebê. As análises dos dados foram realizadas no programa estatístico SPSS 23.0 por análise univariada, bivariada e multivariada através de regressão linear múltipla. Resultados: Menores escores em ambas as escalas de desenvolvimento motor dos filhos estiveram associados a prematuridade e baixo peso ao nascer das crianças. Porém o desenvolvimento motor não apresentou relação com a presença de TAS materno aos três meses pós-parto. Discussão: Nesta avaliação não foi observado prejuízo no desenvolvimento motor nos filhos de mãe com TAS. Porém, este resultado não exclui a presença de um impacto negativo na vida dos filhos a longo prazo, já que o psiquismo da criança ainda está em desenvolvimento, sugerindo assim a continuidade dos estudos sobre o tema.