(Des) caminhos de cidade: uma descolonização do pensamento sobre a cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kruger, Rafael Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Politica Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/979
Resumo: A presente tese, que nasceu do acompanhamento de grupos expostos a situações de negação de direitos, a comunidade do Corredor da Estrada do Engenho, no município de Pelotas/RS. Parte da análise de uma Ação Civil Pública que exigia a remoção da comunidade para problematizar os processos apresentados enquanto necessários para a proteção da vida e do ambiente, mas que em sua materialidade aprofundam a desproteção e atentam contra a vida. Seguindo da experiência vivida pelo pesquisador durante o trabalho de auxilio técnico a comunidade, se volta para a construção e, ou, reconhecimento de ferramentas que tornem possível o enfrentamento aos instrumentos jurídico e maquinações do poder público. Estratégias reconhecidas como produto da razão que sustenta o projeto de dominação colonial. São utilizadas as ferramentas disponibilizadas pela teoria da colonialidade e pela arqueologia do saber, metodologias que são trabalhadas de forma articulada para análise dos documentos e entrevistas. De maneira que o objeto desta tese são os processos de remoção, planejamento urbano e regularização fundiária, questões apresentadas como interconexas e complementares. Através da revisitação da historiografia na história, são construídos os caminhos para um compreender do que é, ou o que são as cidades, promovendo o debate sobre como se estruturou esse espaço de captura e reprodução de subjetividades coletivas. Procedimentos historicamente desenvolvidos para alargamento do domínio e controle dos corpos no espaço. O trabalho é desenvolvido através de entrevistas e estudos bibliográficos e documentais, assumindo metodologicamente um compromisso com o desenvolvimento de processos analíticos e reflexivos críticos, para compreender situações que ocultam práticas de criminalização e segregação de grupos colocados em situação de vulnerabilidade frente ao Estado. Lança tensão sobre decisões estatais que permitem o aprofundamento da exploração e ampliação das desigualdades, questiona as ciências e seus (re)produtores, bem como as latitudes promotoras da razão colonial, equipamentos que colocam em funcionamento máquinas de operação da morte. Para indicar saídas para o labirinto capitalista colonial moderno, que transforma a política, a economia, o aparto jurídico, e políticas sociais em quimeras epistemicidas.