Transtorno de estresse pós-traumático em jovens: prevalência, avaliação da qualidade de vida e dos temperamentos afetivo e emocional e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Medeiros, Letícia Galery
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude#
#-7432574962795991241#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento#
#-1990782970254042025#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/561
Resumo: O presente trabalho consta de dois estudos independentes. O primeiro teve por objetivo verificar a prevalência de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) atual entre jovens, a ocorrência de comorbidades e a associação com qualidade de vida. O segundo estudo visou identificar os tipos de temperamento emocional e afetivo associados ao TEPT. Ambos os estudos caracterizaram-se pelo corte transversal de base populacional. A população-alvo do estudo I foram indivíduos de 18 a 24 anos de idade, residentes na zona urbana do município de Pelotas-RS, Brasil. A seleção amostral foi realizada por conglomerados. O TEPT e as comorbidades foram avaliados pelo Mini Internacional Neuropsychiatric Interview PLUS (MINI-PLUS), enquanto a qualidade de vida foi mensurada por oito domínios da Medical Outcomes Survey Short-form General Health Survey (SF-36). No estudo II, a população investigada foram adolescentes e adultos entre 14 e 35 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram uma ficha de dados sóciodemográficos, Mini Internacional Neuropsychiatric Interview PLUS (MINI-PULS) e Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECT). No estudo I foram selecionados 1762 jovens. A prevalência de TEPT foi de 2,1%, neste grupo, a depressão foi a comorbidade mais ocorrente (71,9%). Em todos os domínios da qualidade de vida, os jovens com TEPT obtiveram escores mais baixos. No estudo II, foram avaliados 2102 sujeitos. A idade média foi de 24 anos, a maioria são mulheres, solteiros, que estão trabalhando e apresentam em média 11 anos de estudo. A prevalência do TEPT foi de 2,9%. Os temperamentos emocionais mais prevalentes entre os sujeitos com TEPT foram Raiva e Sensibilidade, enquanto o menos prevalente foi Vontade. Os temperamentos afetivos mais associados ao TEPT foram o Ciclotímico, o Irritável e o Depressivo. Conclui-se a partir destes achados, que o TEPT está associado a outras psicopatologias, principalmente a depressão, e apresenta substancial impacto na qualidade de vida em uma amostra de jovens. Também ficou evidente que a Sensibilidade e Raiva; e temperamentos Instáveis, são os fatores mais ocorrentes entre os jovens com TEPT.