Trauma na infância e transtorno de personalidade Borderline em sujeitos com transtorno depressivo maior
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude# #-7432574962795991241# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Saude Comportamento# #-1990782970254042025# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/680 |
Resumo: | Introdução: As consequências das experiências traumáticas ao longo do desenvolvimento, além de colaborar para a incidência de transtorno depressivo maior (TDM), podem tornar tais quadros clínicos mais complexos e sinalizam uma maior propensão aos transtornos de personalidade (TP). No entanto, ainda não está claro qual subtipo de trauma específico está envolvido na comorbidade do TDM com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Objetivo: Avaliar a associação entre subtipos de trauma na infância (negligência física e emocional, abuso sexual, físico e emocional) com o TPB em uma população de indivíduos com TDM. Método: Trata-se de um estudo transversal com indivíduos com idade entre 18 e 60 que buscaram tratamento psicoterapêutico no Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental (APESM) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e receberam o diagnóstico de TDM entre julho de 2012 a junho de 2015. Os instrumentos utilizados na avaliação foram: um questionário contendo variáveis sociodemográficas dos participantes; a classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) para avaliar classe econômica; o Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) para avaliar história de trauma precoce; o Mini International Neuropsychiatric Interview na versão Plus (MINI Plus) para o diagnóstico de TDM; e o Millon Clinical Multiaxial Inventory – III (MCMI- III) para avaliar os TPs. Resultados: 429 indivíduos completaram todos os instrumentos de avaliação. A prevalência de comorbidade TDM com TPB foi de 23,5% (n = 101) e podemos verificar que não estar trabalhando (p = 0,044), ter risco de suicídio (p < 0,001) e ter algum transtorno de ansiedade (p = 0,051) foram associados a uma maior prevalência de TPB. A presença de algum outro transtorno de personalidade foi associada a uma maior prevalência de TPB (p <0,001). Em relação aos subtipos de trauma precoce, com exceção 5 do Abuso Físico (p = 0,061), todos os outros foram associados a um aumento de TPB: Negligência Física (p = 0,004), Negligência Emocional (p<0,001), Abuso Sexual (p = 0,016) e Abuso Emocional (p <0,001). Após análise ajustada os subtipos de trauma precoce não se mantiveram associados à comorbidade entre TDM e TPB. Alguns TP e o risco de suicídio mantiveram-se significativamente associadas ao TPB na comorbidade com TDM. Conclusão: Não encontramos associação entre trauma precoce e comorbidade entre TDM e TPB, mas descobrimos que ter esta comorbidade poderia estar associada a um pior curso clínico do TDM, caracterizado por taxas mais altas de risco de suicídio e outros transtornos de personalidade. |