Desenvolvimento cognitivo infantil: a influência da violência e do tempo de tela – revisão sistemática e meta-análise.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hood, Camila Furtado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias da Saude
Brasil
UCPel
Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/1001
Resumo: Introdução: A inteligência vem sendo estudada no último século, sendo demonstrado aumento nos níveis ao longo das gerações. Nas últimas décadas, estagnação e redução dos índices de QI estão sendo evidenciados. Fatores de proteção ao desenvolvimento intelectual como aleitamento materno, boa relação mãe-bebê, condições socioeconômicas favoráveis, dentre outras, são conhecidas e estudadas por coortes internacionais. Já quando avaliado os fatores de risco, não são todos que apresentam relação direta com alterações de desempenho cognitivo. Objetivo: avaliar a relação entre violência (física, sexual, emocional e/ou negligência) e exposição a tela com os níveis de inteligência em crianças entre 6 e 12 anos. Metodologia: Em busca da literatura foram consultados quatro bases de dados (Pubmed, Scielo, LILACS e periódico CAPES) no período entre abril e setembro de 2022. Foram selecionados estudos inicialmente por título, seguido por resumo e posteriormente por leitura completa do artigo. Para a meta-análise, os protocolos metodológicos descritos pela Cochrane, seguiu as diretrizes especificas do PRISMA e classificação de qualidade dos estudos pela escala Newcastle-Ottawa Scale. Resultados: Após a revisão sobre violência e o desenvolvimento cognitivo, foram selecionados 16 artigos. Para o estudo do uso de tela e o desenvolvimento cognitivo, foram selecionados 3 artigos. A revisão sistemática sobre tempo de tela evidenciou que há alterações de neuromodulação associadas a exposição à tela, quando em demasia. Da mesma forma, a meta-análise sobre a influência da violência no desenvolvimento cognitivo das crianças apresentou como principal resultado queda média de 12,79 pontos nos índices de QI em crianças expostas à violência, com um resultado apresentando baixa heterogeneidade (P = 0,75; I2 0%; Chi2 2,70; p < 0,001). Conclusão: A principal conclusão do estudo é que há diminuição de índices cognitivos quando crianças são expostas à violência e/ou tempo demasiado de telas. Esse estudo apresenta relevância por ser pioneiro no assunto na literatura e demonstrar possíveis alterações intelectuais em crianças que são expostas a fatores de risco modificáveis. Torna-se relevante alertar os profissionais para detectarem tais alterações precocemente a fim de estabelecer tratamentos evitando os danos.