Série histórica da cobertura vacinal infantil no Estado da Paraíba, Brasil, entre 2008 e 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morais, Isabela Dias de lattes
Orientador(a): Barbieri, Carolina Luísa Alves lattes
Banca de defesa: Barbieri, Carolina Luísa Alves, Martins, Lourdes Conceição, Berenchtein, Beatriz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Saúde Coletiva
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/6361
Resumo: Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI) trabalha na lógica de vacinação coletiva da população, junto com outras ações de vigilância em saúde, que vem sendo responsável pela eliminação e controle de doenças imunopreveníveis, se destacando enquanto uma das intervenções de saúde pública mais seguras, econômicas e efetivas para prevenir mortes e melhorar a qualidade de vida da população. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar a série histórica da cobertura vacinal em crianças menores de 01 ano de idade nas macrorregiões do estado da Paraíba entre 2008 e 2017. Método: Trata-se de um estudo ecológico, de série temporal, utilizando-se dados secundários de doses aplicadas do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações - SI-PNI, por meio do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), das vacinas recomendadas em crianças menores de 01 ano de idade pelo calendário nacional de vacinação do PNI, referentes ao período de 2008 a 2017. O estudo foi realizado no estado da Paraíba, localizado na Região Nordeste, sendo as unidades de estudo da pesquisa as macrorregiões de saúde, que se subdividem no estado em 03 macrorregiões de saúde. A comparação entre as macrorregiões de saúde para cada tipo de vacina foi realizada utilizando-se o teste de análise de variância. Para a identificação e análise da estimativa da cobertura vacinal para o período entre 2020-2025 foram utilizados os testes estatísticos de Regressão Linear Simples, considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: Os dados apontam para índices de cobertura vacinal flutuantes durante os anos, entre níveis elevados, que por vezes excedem a meta de cobertura vacinal, mas que decrescem com muito destaque em alguns períodos, em determinadas macrorregiões de saúde e no estado da Paraíba, o que já nos revela as discrepâncias significativas entre territórios, as populações, os equipamentos sociais disponíveis e as formas de gestão que influenciam o comportamento dos resultados encontrados. A vacina de maior média de cobertura tanto por macrorregião de saúde quanto no estado da Paraíba é a BCG (108,08 ± 7,41 - PB), seguida da vacina contra Poliomielite (99,02 ± 7,68 ¿ PB), já a vacina de menor cobertura tanto por macrorregião de saúde quanto no Estado da Paraíba é a Vacina contra o Rotavírus (86,42 ± 3,89 ¿ PB). As vacinas contra Hepatite B (95,74 ± 6,94 ¿ PB), contra Difteria, Tétano e Coqueluche (95,97 ± 7,83 ¿ PB) e contra Poliomielite (99,02 ± 7,68 ¿ PB) mantiveram médias de coberturas altas, acima da meta, tanto por macrorregião de saúde quanto no estado da Paraíba. A vacina Pneumocócica apresentou índice de cobertura tanto por macrorregião de saúde quanto no estado da Paraíba abaixo da meta, exceto na macrorregião 3 (96,36 ± 6,09) e a Vacina contra Meningococo C apresentou índices de cobertura baixos nas macrorregiões de saúde 1 (86,63 ± 6,64) e na Paraíba (89,84 ± 3,53). Considerações Finais: A vacinação é uma das medidas de saúde pública mais importantes no âmbito da prevenção e no combate ao controle e erradicação de doenças, tendo o PNI historicamente demonstrado protagonismo no campo da saúde pública. Apesar disso este estudo trás subsídios para enfrentamento de dificuldades do alcance da meta da cobertura vacinal e de sua homogeneidade, diminuindo desigualdades em saúde, ao apontar regiões de maior vulnerabilidade.