Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fernanda Martins da Silva
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Orientador(a): |
Martins, Lourdes Conceição
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Banca de defesa: |
Fernandes, Dalva Mendes,
Souza, Eduardo Carvalho de,
Braga, Alfesio Luis Ferreira,
Gonçalves, João Alfredo Rodrigues |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede.unisantos.br/handle/tede/8047
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Resumo: |
Introdução: A imunização possui um custo reduzido quando comparado aos benefícios para a saúde, representando uma das políticas públicas mais eficazes, e uma valiosa ferramenta na saúde coletiva para prevenir enfermidades evitáveis por imunização, ficando atrás somente das políticas públicas relacionadas à higiene básica e ao abastecimento de água potável no que se refere à prevenção de doenças. Objetivo: Análise espacial da cobertura vacinal de crianças com o com até 12 meses de idade no estado do Rio de Janeiro entre 2016 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico misto, que utiliza dados secundários de domínio público. As informações sobre as doses aplicadas foram obtidas por meio do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), enquanto os dados sobre nascimentos foram coletados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) do Banco de dados do departamento de informática do Sistema Único de Saúde. Informações sobre dados socioeconômicos, ambientais e a cartografia temática foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de acesso público. As informações sobre cobertura de pré-natal foram obtidas do observatório da criança e adolescente, também de acesso público. Foi calculada a cobertura vacinal (CV) considerando-se no numerador o número de doses aplicadas e no denominador os nascidos vivos multiplicados por 100. A CV foi calculada baseada nos imunobiológicos, e estratificada segundo definição do PNI em quatro categorias. A homogeneidade da cobertura vacinal (HCV) foi calculada levando-se em consideração no numerador o número de vacinas adequadas e no denominador o número total de vacinas adequadas para crianças até 12 meses, multiplicado por 100. Foi considerada HCV adequada, segundo critério do contrato organizativo da ação pública de saúde (COAP), se HCV maior ou igual a 75%. Foi realizada a análise descritiva de todas as variáveis, e os testes de Kruskal-Wallis e comparações múltiplas de Dunn. Para a identificação dos fatores relacionados a HCV inadequada foi utilizado o modelo de regressão logística bivariado e múltiplo. Foi realizada a análise espacial por meio das estatísticas de Moran. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as análises. Resultado: No ano de 2016 observou-se a melhor cobertura vacinal em todo estado do Rio de Janeiro. Observa-se, a cobertura vacinal para BCG permaneceu com uma alta cobertura até 2018, apresentando queda a partir de 27 2019 (p<0,001). A hepatite B apresentou uma alta taxa de cobertura no ano de 2016, em 2017 iniciou a queda da cobertura, o ano que apresentou a menor taxa de cobertura foi 2019 (p<0,001), a poliomielite apresentou queda em 2017, com pior índice em 2021 (p<0,001), HIB queda a partir de 2017, com pior índice em 2021(p<0,001), DPT apresentou queda em 2017 e sua pior cobertura foi no ano de 2019 (p<0,001). A análise da dinâmica espacial da cobertura vacinal (CV) da vacina BCG ao longo dos anos de estudo para o estado do Rio de Janeiro. Durante a pandemia a chance de se ter HCV inadequada é quase 5 vezes maior do que antes da pandemia; e as regiões do Centro-Sul Fluminense e Média do Paraíba são locais de melhor CV. Observa-se, que a partir do ano de 2019 há uma queda nos níveis de CV adequada para todas as vacinas do calendário vacinal de crianças até 12 meses de idade, prevalecendo a CV baixa e muito baixa, principalmente nos anos de 2020 e 2021 (p<0,001). Conclusão: Este estudo ressalta a importância de políticas públicas eficientes que colaborem para o aumento da cobertura vacinal conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunização. |