Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gressler, Luiza Pitrez
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Orientador(a): |
Theobald, Pedro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8497
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta uma análise do romance O sol é para todos (1960), da escritora norte-americana Harper Lee, à luz do romance de formação (Bildungsroman) feminino. Propõe-se enfatizar como as definições do subgênero do romance se configuram na obra em questão e possivelmente apresentar novas definições. A pergunta que se objetiva responder com o trabalho é: o que essencialmente faz com que O sol é para todos seja categorizado como romance de formação feminino? Em O sol é para todos, a protagonista/narradora Scout relata um período de sua vida marcado por acontecimentos decisivos para sua formação pessoal. Ao longo de sua trajetória, Scout conta com a ajuda de suas relações mais próximas, como o pai Atticus, o irmão Jem e a cozinheira Calpúrnia, referências essenciais para a formação de sua identidade. Scout também precisa passar pelo conflitante momento em que expectativas sociais que ditam o que é ser mulher, ou menina, como no caso da narradora, passam a lhe ser impostas. Ao mesmo tempo, ela observa os desdobramentos do julgamento de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca dentro de uma comunidade extremamente racista. A combinação desses elementos leva a menina a gradualmente perder sua inocência. Os principais autores que fundamentam este trabalho são Morgenstern (2009), Dilthey (1997), Lukács (1998), Mann (apud BRUFORD 2009) e Bakhtin (1986), acerca do Bildungsroman tradicional. Dentro da do romance de formação feminino, as principais autoras que complementam a fundamentação do trabalho são Gilbert e Gubar (2000) e Abel, Hirsch, e Langland (1983). Esta dissertação evidencia que as características que compõem a narrativa em O sol é para todos encontram correspondência com as definições do conceito de romance de formação feminino e que este romance pode propor novas definições para o subgênero; como por exemplo, uma revisão da estrutura da narrativa de aprendizado, e como uma protagonista inicialmente criada praticamente sem a pressão imposta por papeis de gênero desenvolve uma personalidade mais autônoma em comparação a outras protagonistas de romances de formação femininos, criadas dentro das limitações de tais expectativas sociais. |