Avalia??o do uso de corticosteroides no tratamento de pacientes hospitalizados por Covid-19 e seus efeitos sobre a Covid longa
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Medicina Brasil PUCRS Programa de P?s-Gradua??o em Medicina e Ci?ncias da Sa?de |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11274 |
Resumo: | A doen?a COVID-19, causada pelo v?rus SARS-COV-2, foi respons?vel por infectar grande parte da popula??o mundial, caracterizando uma pandemia e resultando em um elevado n?mero de ?bitos. Atualmente, as caracter?sticas da doen?a, seus fatores de risco e gravidade est?o bem definidos e, com a vacina??o, os casos e ?bitos est?o controlados. Durante a pandemia, os corticosteroides foram muito utilizados, devido sua liga??o com o controle da inflama??o, se estabelecendo uma rela??o com a redu??o da mortalidade. Al?m das consequ?ncias vivenciadas durante o surto da doen?a, hoje outras situa??es colocam em risco a sa?de f?sica e mental da popula??o, como a COVID longa, caracterizada por sintomas tardios em pacientes p?s-infec??o aguda. Suas caracter?sticas, controle e tratamento tem sido motivo de investiga??o. Com isso, tendo em vista a rela??o dos corticosteroides com a doen?a, este trabalho visa avaliar seus efeitos sobre a COVID longa de pacientes hospitalizados. Nesta coorte retrospectiva, foram avaliados pacientes internados em um hospital universit?rio com testes RT-PCR positivos e idade ?18 anos no per?odo de abril de 2020 a abril de 2021. Como desfecho, consideramos a alta hospitalar e o ?bito. Foram coletados dados a respeito das caracter?sticas sociodemogr?ficas e cl?nicas e do tratamento com corticosteroides. A COVID longa foi avaliada atrav?s de retornos hospitalares p?s-alta. A an?lise estat?stica foi feita no programa SPSS. Foram avaliados 420 pacientes, em que houve a preval?ncia de homens (55%), idade ?60 anos (57%) e apenas 89 (21%) n?o apresentavam doen?as pr?vias. Destes, 96 (23%) vieram a ?bito, onde 73 (76%) eram graves. Dentre os sobreviventes, 104 (32%) retornaram ao hospital ap?s a alta e as caracter?sticas sociodemogr?ficas foram semelhantes aos dados da doen?a aguda. O uso de corticosteroides foi relacionado, com signific?ncia estat?stica, a um maior n?mero de ?bitos na an?lise referente a popula??o geral, por?m esta rela??o n?o foi estabelecida quando ajustado para a gravidade dos casos. Em rela??o aos retornos, o uso de corticoides n?o teve signific?ncia estat?stica sobre a popula??o sobrevivente e o resultado se manteve com ajuste por gravidade. Contudo, quando analisado por taxas de retorno, o uso de corticoides representou uma redu??o significativa deste ?ndice em 35,6% (IC95% 6,8 a 55,6) RR = 0,644 (IC95% 0,444 a 0,932; p = 0,020). Por?m, quando ajustado para a gravidade dos casos este efeito tamb?m n?o atingiu signific?ncia estat?stica (p=0,212). Para a an?lise de desfechos desfavor?veis (?bito/retorno), apesar da redu??o de 10,2%, a utiliza??o de corticoides n?o atingiu signific?ncia estat?stica (RR = 0,898, IC95% 0,704 a 1,146; p=0,386), entretanto n?o se descarta uma redu??o de 30% quando comparado a popula??es maiores. Conclu?mos que o uso de corticoides foi capaz de reduzir as taxas retornos hospitalares p?s-alta em rela??o a popula??o geral. Em rela??o a gravidade da doen?a, tais achados n?o podem ser considerados, e isso pode ser explicado pelo baixo poder amostral. |