Estudo de associação entre ácido úrico e o temperamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Taise Michele Lorenzi lattes
Orientador(a): Lara, Diogo Rizzato lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Departamento: Faculdade de Biociências
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/5320
Resumo: O temperamento diz respeito à natureza emocional e ao humor basal. Propusemos uma integração dos construtos de temperamentos emocional e afetivo baseado no princípio de ativação (vontade e raiva) e inibição (medo) como as duas forças emocionais principais, que são reguladas por um sistema de controle (atenção e dever). A interação dessas forças resultaria no padrão de humor basal ou temperamento afetivo. O ácido úrico (AU) é o produto final do metabolismo de purinas e já foi associado com variáveis psicológicas como alta energia/vontade, afeto positivo, sucesso, alto desempenho, status social mais elevado e liderança. No presente estudo avaliamos 129 voluntários (44 homens e 85 mulheres) com a Escala de Temperamento Afetivo e Emocional, níveis séricos de AU e um questionário geral de saúde. Na amostra total, os níveis séricos de AU foram significativamente correlacionados com desinibição (r=0.36, p<0.001) e vontade (r=0.25, p<0.01), mas não com controle, raiva ou qualquer dos temperamentos afetivos. Entre homens, encontramos tendências de correlação (p>0.05 and <0.07) para controle (r=0.27) e os temperamentos afetivos irritável (r=0.29) e hipertímico (r=0.27). Entre mulheres, uma correlação significativa foi observada somente com desinibição (r=0.34, p=0.001). O tertil mais alto dos homens (AU sérico>6.0 mg/ml, n=16) apresentou significativamente mais vontade (29.9±5.9 X 26.0±3.6, p=0.01) e controle no nível de tendência (21.2±3.1 X 19.3±2.9, p=0.054) do que o resto da amostra. Entre mulheres, o tertil superior (AU sérico>4.0 mg/ml, n=29) apresentou maiores escores de desinibição (20.7±4.9 X 17.9±3.6, p<0.01) e mais frequentemente escolheram os temperamentos afetivos hipertímico (8/26 X 6/59, p=0.023) e irritável (7/26 X 5/59, p=0.031) do que o resto da amostra. Em suma, esses resultados confirmam que traços externalizados de temperamento estão associados com níveis mais altos de AU tanto em homens como em mulheres.