[pt] A LITERATURA E O QUE NÃO TEM NOME: ENSAIOS SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE FICÇÃO, POLÍTICA E METAFÍSICA
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59873&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59873&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.59873 |
Resumo: | [pt] Parece haver uma propensão humana à ficção. Uma propensão não apenas a ficcionalizar, mas também a submergir em ficções as mais variadas. Metamórfica como os mitos e próxima ao rumor que criou as cosmogonias mais antigas, a ficção é a raiz do erro mas também o começo de toda produção de pensamento. Wolfgang Iser compreende essa propensão ao outramento como um pressuposto antropológico básico. Em seus trabalhos teóricos, Ricardo Piglia entende a ficção como via prioritária para se pensar a política. Partindo do encontro dessas concepções, esta tese apresenta uma investigação acerca das múltiplas relações entre ficção, política e metafísica, privilegiando a literatura e seu embate com o desconhecido. Em uma escrita que alia especulação teórica e investigação fabuladora, a análise dessas relações tem como percurso as concepções históricas acerca do conceito de ficção; a literatura que é atravessada pelo excesso (como as divindades, a violência, o erotismo, o horror cósmico e demais experiências desestabilizadoras); a possível obsolescência do realismo burguês frente ao Antropoceno; as contribuições que a chamada virada ontológica pode trazer não somente para o conceito de ficção, mas também para a compreensão da experiência literária como um todo; e, por fim, as forças fictícias (termo que Piglia retira de Paul Valéry) que atravessam o socius, conduzindo ou não à servidão. Os ensaios que compõem esta tese são animados por uma vontade fúngica, trançando alianças demoníacas entre diferentes pensadores e oxidando as barreiras que mantinham separadas e estanques a ficção, a política e a metafísica. |