[pt] A PIRÂMIDE DOS INFINITOS MUNDOS POSSÍVEIS DE LEIBNIZ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: RAQUEL DE AZEVEDO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46334&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46334&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46334
Resumo: [pt] Este trabalho investiga a história que Leibniz acrescenta à narrativa do humanista italiano Laurent Valla, transformando-a de uma anedota a respeito da liberdade humana diante presciência e vontade divinas em um estudo sobre a natureza da criação. Na história, os infinitos mundos possíveis são apresentados a Teodoro, em sonho, por Palas Atena, filha de Júpiter. O que ele vê pelos cômodos do palácio são infinitas histórias alternativas ao destino infeliz de Sexto Tarquínio, filho do último dos reis da monarquia romana. Esses mundos possíveis estão organizados em ordem decrescente de perfeição, sendo que o mais rico em variedade se encontra no alto da pirâmide, que é a forma geométrica a que Leibniz identifica o lugar em que Deus delibera sobre o melhor. Este trabalho percorre a estrutura da pirâmide para compreender o que Teodoro vê em cada cômodo e o que garante a própria divisória entre os cômodos. Nesse trajeto, verifica-se que um dos cálculos envolvidos na arquitetura da pirâmide é a dissemelhança entre a parte e o todo no melhor dos mundos. Sexto participa da variedade do mundo existente com seu infortúnio. No interior de um dos cômodos, Teodoro é introduzido aos problemas da análise infinita ao folhear o livro dos destinos. Por fim, este trabalho mostra que a natureza distópica da pirâmide não se restringe às histórias alternativas que Teodoro encontra em cada cômodo, mas há também outros mundos no interior do próprio mundo existente. O mundo mais perfeito se distingue por conter mais variedade que os demais, o que faz dele um mundo denso. É possível transitar pela densidade desse mundo através das distopias, ora entendidas como uma imitação da estrutura da lei do contínuo, ora consideradas como um suporte corporal que permite percorrer, alternadamente, os mundos fenomênicos.