[en] REBELLIONS IN THE BODY: PRESENTATIONS OF JOUISSANCE AND STABILIZATIONS OF THE BODY IN JACQUES LACAN, WITH PINA BAUSCH AND HIJIKATA TATSUMI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: THEREZA MONTEIRO DE C DE F SOUZA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62484&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62484&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62484
Resumo: [pt] Esta tese visa a circunscrever o conceito de gozo, a partir de suas variadas apresentações, tal como introduzido por Jacques Lacan em seu ensino. Enfatizaremos o modo como Lacan opõe, ao gozo fálico, um outro gozo, tratado, por vezes, como Outro gozo, gozo suplementar, feminino, opaco, entre outras nomeações. Assumiremos sua declinação como nãotodo de modo privilegiado nesta teorização lacaniana sobre o gozo. Dadas essas premissas, nossa investigação terá como hipótese central a possibilidade de que este gozo nãotodo sustente-se sem referência ao registro fálico – abordagem menos habitual, mas, ainda assim, presente no ensino de Lacan. Esse gozo, diremos, pode apresentar-se, ainda que não possa ser abarcado pelo conhecimento. Para nos aproximarmos, assim, de uma possível apresentação desse Outro gozo, recorreremos aos métodos artísticos de Pina Bausch e Hijikata Tatsumi – artistas do campo da dança –, especialmente a seus modos de lidar com a articulação entre corpo e fala. Quando se trata dessa corporeidade para um gozo que prescinda do falo, o tema da escrita se faz presente, seja no ensino de Lacan, seja na leitura de seus comentadores. Como hipótese adicional, assumiremos, assim, que os gestos, tanto nas performances de Pina, quanto nas criações de Hijikata, traduzem uma materialidade fora do registro do sentido, que se articula de modo original. Proporemos aproximar essa operação de um tipo de escrita, uma escrita de gozo, no sentido que lhe dá Éric Laurent, lendo Lacan, ao trabalhar a diferença entre escrita tipográfica e caligráfica. Este tipo de escrita nos servirá para pensar uma possível estabilização do corpo, que não seja pela forma ideal, do espelho ou, ainda, de um corpo fálico.