[pt] COMO PESQUISADORES DA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO UTILIZAM DADOS SOCIECONÔMICOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: CAMILA ERMIDA PINTO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18886&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18886&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.18886
Resumo: [pt] O estudo pretendeu investigar a utilização de informações socioeconômicas na produção acadêmica brasileira, com atenção especial para estudos da área de Administração publicados no período de 2004 a 2010. O método bibliométrico foi empregado para analisar 4.687 artigos, publicados em 24 distintas fontes bibliográficas relevantes na área de Administração, 22 periódicos e anais de dois eventos científicos. Buscou-se analisar o que é publicado no Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD), no Encontro de Marketing (EMA) e nas principais revistas brasileiras de Administração, classificadas como A2, B1, B2 e B3 pela CAPES. O levantamento inicial resultou na seleção de 196 artigos, que foram submetidos à avaliação de conteúdo, considerando determinadas variáveis de relevância. Em seguida, os resultados foram quantificados por frequência e apresentados em tabelas. Na segunda etapa do estudo, foram realizadas entrevistas em profundidade com alguns autores dos artigos selecionados no levantamento bibliométrico, para conhecer impressões e experiências desses acadêmicos em relação ao acesso e utilização dos dados para o desenvolvimento de seus estudos. Os resultados da pesquisa bibliométrica sugerem uma subutilização das informações oriundas de fontes públicas. Entre os periódicos analisados, a Revista de Administração Pública (RAP) foi o veículo que mais publicou artigos baseados em estatísticas públicas. Entretanto, nos anais dos eventos encontravam-se 31 por cento do total de artigos identificados. A maioria dos trabalhos foram escritos por dois autores e abordavam questões acerca do Comportamento do Consumidor. Nas entrevistas foi possível observar que os pesquisadores se sentem seguros em usar dados públicos, em função de sua qualidade percebida, e que a facilidade de acesso gratuito aos dados confere rapidez e segurança aos estudos. Também foi manifestada pelos autores a impressão de que a formação em métodos quantitativos oferecida nos cursos de pós-graduação stricto sensu é precária, favorecendo a preferência pela condução de estudos de natureza qualitativa, especialmente estudos de caso. Já as dificuldades incluem: necessidade de maior clareza na forma de trabalhar das instituições produtoras de dados; demora no atendimento prestado aos usuários das informações; suporte ineficiente; dificuldade para encontrar os dados nos sites dos órgãos; necessidade de programas específicos e conhecimentos aprofundados de estatística, e descontinuidade na produção de determinadas informações. A escassez de recursos destinados à pesquisa no Brasil, o desconhecimento da existência e até certa precariedade dos dados também podem estar desestimulando o uso das estatísticas socioeconômicas produzidas por órgãos públicos.