[pt] EIS VOCÊ: A ASTROLOGIA COMO SISTEMA DE COERÊNCIA NA CONSTRUÇÃO DE PEQUENAS E GRANDES NARRATIVAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MILENA LEPSCH DA COSTA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34797&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34797&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.34797
Resumo: [pt] Na modernidade, em que as relações são definidas como líquidas (BAUMAN, 2005), este trabalho procura entender, a partir da análise narrativa (BASTOS; BIAR, 2015), a popularidade/produtividade do sistema de crença da astrologia, especialmente na construção de um discurso essencializante sobre a identidade. Para isso, apresento 22 entrevistas de pesquisa (MISHLER, 1986) sobre o tema, realizadas com estudantes da PUC-Rio no período de 2016 a 2017 nas quais emerge uma considerável quantidade de pequenas histórias e histórias de vida (LINDE, 1993), aqui analisadas qualitativa e interpretativamente. Compreendo a narrativa como um importante instrumento para a construção de sentido no mundo social (BASTOS; BIAR, 2015) e para a formação de identidades autobiográficas (BRUNER, 1990; MOITA LOPES, 2001). Nestes termos, observo quais estratégias discursivas os entrevistados utilizam-se para construir histórias sobre si/outros, esforçando-se para apresentarem-se da melhor forma possível neste teatro (GOFFMAN, 1980, 2002 (1959), 2011 (1967), 2013 (1979)) que é a entrevista de pesquisa. Nota-se que muitas dessas histórias são costuradas a partir do sistema de coerência da astrologia (LINDE,1993). Isto é, os entrevistados constroem accounts (DE FINA, 2009) ou relações de causa e efeito, com o objetivo de reivindicar certo assujeitamento (BLOCK, 2012) no discurso, especialmente para comportamentos considerados socialmente negativos. Desse modo, os signos, ao livrarem seus narradores de agência, atuam no trabalho de face (GOFFMAN, 2011(1967)), colaborando para uma apresentação favorável dos entrevistados.