[pt] DA EXPECTATIVA DE VIDA À DESCOBERTA DA MORTE: A MULHER DIANTE DA GESTAÇÃO MOLAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MARCIA HERCULANO VELASCO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28898&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28898&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28898
Resumo: [pt] As perdas gestacionais são intercorrências da gravidez que provocam significativa angústia emocional nas mulheres e a Doença Trofoblástica Gestacional (gestação molar) é uma das diversas patologias que implicam essa perda. A gravidez molar é considerada particularmente interessante para a nosso estudo por submeter as mulheres a dois eventos distintos: a perda da gestação, em virtude de severa má formação genética do feto; e a possibilidade de que a gravidez molar evolua para um tipo de câncer, que irá submeter a mulher aos rígidos protocolos do tratamento de Neoplasias. No Centro de Referência do Estado do Rio de Janeiro em Doença Trofoblástica Gestacional, na trigésima terceira Enfermaria/Maternidade da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde trabalhamos desde 1998, são atendidas semanalmente cerca de 70 mulheres com Doença Trofoblástica Gestacional. Esta pesquisa tem como objetivo estudar as repercussões emocionais da vivência da mulher diante da gestação molar e suas implicações psicossociais. Para realizar tal intento, realizamos uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, entrevistando cinco mulheres que estavam em acompanhamento semanal no ambulatório de gestação molar referido e que haviam recebido o diagnóstico há 3 meses no máximo. A partir da análise de conteúdo do material discursivo coletado nas entrevistas, emergiram quatro categorias: 1) Sentimentos e percepções; 2) Doença e o medo de morte; 3) Suporte familiar e do Centro de Referência e 4) Relação amorosa e desejo da maternidade. Os relatos indicaram que a perda gestacional por mola é repleta de sofrimento pela doença adquirida levando a mulher a se sentir com menos-valia e fracassando em sua missão social concernente à perpertuação da espécie. Verificamos também que a família e o centro de referência, com destaque ao apoio psicológico, têm papel fundamental na prevenção das complicações da perda e do luto advindos da gestação molar. Além disso, constatamos que cada uma das mulheres impõe a sua singularidade ao processo de perda, o que deriva da relação particular com a sua gestação e com as expectativas do filho esperado.