[pt] EU TAMBÉM PERDI MEU FILHO: LUTO PATERNO NA PERDA GESTACIONAL/NEONATAL
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34141&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=34141&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.34141 |
Resumo: | [pt] O luto é um processo natural e esperado diante do rompimento de um vínculo significativo. Socialmente ainda é desconsiderado o pesar perante a perda gestacional/neonatal, sendo uma categoria de Luto Não Reconhecido. Os homens são socialmente incitados a evitar suas emoções e a não entrar em contato com seus sentimentos, existindo a ideia de que eles não se enlutem pela perda de um(a) filho(a) no período gestacional/neonatal. O presente estudo pretendeu pesquisar a vivência de homens sobre o luto na perda de um(a) filho(a) no período gestacional/neonatal. Para isso, foi realizada, inicialmente, uma revisão da literatura de estudos do tema, na qual foram encontrados poucos registros sobre o assunto, os existentes sendo internacionais. Após essa etapa, foi realizado um estudo exploratório por meio de 10 entrevistas semi-estruturadas, baseadas em um roteiro previamente delineado. Foram realizadas 3 entrevistas piloto. A análise dos resultados foi feita a partir do Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). Do discurso dos sujeitos emergiram 8 categorias de análise: Foi perda mesmo… e eu também senti; Cuide dela e segure firme, porque você precisa ser forte!; Não vamos falar sobre isso; Algo mudou entre nós; Ritual: um momento singular, para uma experiência singular; Algumas coisas tornaram esta experiência mais fácil… Outras coisas a tornaram ainda mais difícil; Existe um sentido para o que eu vivi; No futuro eu quero... Como resultado destaca-se o fato de os homens sentirem diversas emoções profundas ante a perda de um filho no período gestacional/neonatal, ainda que, muitas vezes, não encontrem um suporte social efetivo. Em relação aos rituais de despedida, os homens encontram-se divididos quanto a sua realização. Entretanto, o relacionamento conjugal parece ser a fonte de apoio necessária para vivenciar as emoções e saírem fortalecidos dessa experiência. A maioria dos homens parece ter conseguido encontrar um sentido para suas experiências, percebendo que são pessoas melhores após perderem os(as) seus(uas) filhos(as). A partir da perda, muitos têm uma perspectiva de futuro e de reconstrução de suas vidas, desejando ter mais filhos ou mudar de cidade. Ficou evidente que, quando existe a oportunidade, os homens falam abertamente sobre como foi, para eles, a experiência de perder os(as) seus(uas) filhos(as). |