[en] CLASSICS ARE TIMELESS: THE STUDY AND REVISITING OF THE GEOGRAPHICAL CONCEPTS OF TERROIR AND GENRE OF LIFE, IN ADDITION TO THE HISTORY OF GEOGRAPHIC THOUGHT CLASSES. THE USE AND DESIGN PRESENT AS CRUCIAL COMPONENTS FOR THE CERTIFICATION OF GEOGRAPHICAL INDICATION OF THE INDUSTRIAL PROPERTY FIELD

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: DEMETRIOS SARANTAKOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52924&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52924&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52924
Resumo: [pt] O crescente campo da propriedade intelectual é uma fonte de conhecimento muito interessante para a geografia. As patentes, marcas, indicações geográficas são temáticas que permitem análises espaciais sobre a (re)organização do espaço produtivo, a geopolítica, as revoluções técnico-teóricas de nosso tempo. Na própria norma, encontramos as escalaridades e princípios de proteção dos inventos. Observando mais detalhadamente este rico campo, os certificados de indicações geográficas trazem consigo conceitos clássicos da geografia. Se, outrora cristalizados em nossa ciência, encontram-se revitalizados no campo da P.I., sendo cruciais para a obtenção destes certificados e para (re)dinamizar as produções tradicionais, como a vitivinícola. Os apreciadores e entusiastas dos vinhos são familiarizados com o vocábulo “terroir”, conceito geográfico medieval revivido pela normatização da indicação geográfica. Nos emprestando da tríade fato-valornorma de Miguel Reale (2002, 2003), percebemos como normas criam fatos e valores que, reverberarão nas ciências também, e vice-versa, denotando uma retroalimentação nesta tríade jurídica. Num pensamento embebido em Ferdinand Braudel (1958), se, os passados formam o presente, a atualidade permite que entendamos os passados, pela apreciação de reminiscências, permanecias, rugosidades e hibridizações. O mesmo é valido para a ciência, para nossos conceitos, não só adjetivos geográficos como também as ferramentas e a metodologia de análise e de entendimento dos fatores que garantem a unicidade e qualidade de uma produção específica. Feitas estas ponderações, este presente trabalho se ocupará da leitura geográfica da tríade de Reale, mais especificamente das normas que regem a indicação geográfica, entendendo a importância atual do terroir. Num segundo momento, mergulharemos no conceito de terroir, revisitando os séculos XVI, XVII e XVIII, onde, entendendo as temporalidades e suas cargas de passado, procuraremos apresentar as definições do conceito e, como elas modificaram a percepção espacial, da relação entre ser humano e ambiente, do imaginário e das representações ao longo destes séculos, que culminariam com a concepção hoje observável do terroir. Nesta viagem, teremos guias como Montaigne, Montesquieu, Rousseau que, não somente discorreram sobre o terroir, deram importantes contribuições para o conceito. Ao revisitar o terroir, demonstraremos os elos entre este tesouro conceitual e outro, que também anda bem esquecido na geografia, o cristalizado gênero de vida (1911). Pelo presente, dialogando com outros campos, como o direito, observamos o vigor de nossa ciência e de nossos clássicos que, na nossa humilde visão, são bem vanguardistas.