[pt] A FORÇA FATAL DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO: DA ANGÚSTIA DA INFLUÊNCIA EM ADRIANO ESPÍNOLA E EUCANAÃ FERRAZ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ERICK MONTEIRO MORAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47576&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47576&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47576
Resumo: [pt] Baseado no conceito de angústia da influência desenvolvido por Harold Bloom em sua tetralogia da influência (1973-76) e, posteriormente, reformulado em The anatomy of influence (2011), o presente estudo busca analisar as obras de Adriano Espínola e Eucanaã Ferraz como desleituras da obra de João Cabral de Melo Neto. Enquanto poeta tardio no âmbito do movimento modernista (Geração de 45), João Cabral precisou lidar não só com o fardo do Cânone Ocidental mas também com a tradição modernista que já havia se estabelecido à altura de sua estreia com Pedra do Sono (1942) — dentre seus pais poéticos encontram-se Willy Lewin, Joaquim Cardozo, Murilo Mendes e, sobretudo, Carlos Drummond de Andrade. Nosso objetivo é demonstrar que justamente o poeta modernista que mais sofreu da angústia da influência veio a se tornar, senão o mais influente, decerto aquele cujo legado é o mais problemático — constituindo, conforme a previsão de J. G. Merquior, verdadeiro obstáculo para poetas estreantes desde a década de 60 até poucos anos após a sua morte em 1999. Nossa hipótese central é que tanto Adriano Espínola quanto Eucanaã Ferraz — ambos estreantes nesse período — se tornam poetas forte” à medida que erigem suas respectivas obras contra a obra cabralina. O corpus deste estudo consiste num recorte da obra de Eucanaã que abrange poemas desde o primeiro ao último livro (1990-2017) e, de Adriano Espínola, no recorte feito pelo próprio poeta quando da organização de sua antologia pessoal Escritos ao Sol (2015).