[pt] A RETÓRICA DA VERDADE SOCRÁTICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: JULIA GALVANHO MYARA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51964&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51964&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51964
Resumo: [pt] A partir da análise do texto Apologia de Sócrates de Platão, pretendo sustentar, com o apoio de uma rede de comentadores, o emprego que o personagem Sócrates faz de estratégias clássicas da retórica forense. Contudo, para além de uma mera apropriação genérica de tal retórica, o presente trabalho busca corroborar a tese que afirma uma forte relação entre a retórica na Apologia de Sócrates e a retórica na Apologia de Palamedes, de Górgias. A partir de uma análise de ambos os textos e do estabelecimento de suas possíveis relações, correspondentes aos capítulos dois e três desta pesquisa, dedico o capítulo seguinte à compreensão do que seria o discurso retórico para ambos os autores. Por um lado, o diálogo Górgias, de Platão, é utilizado como fonte para o possível posicionamento do filósofo acerca da questão da arte retórica, associada no caso à retórica sofística. Por outro, o Elogio de Helena, de Górgias, é o registro do sofista sobre o poder e o uso da linguagem. Tais textos são incluídos na pesquisa com o objetivo de esclarecer o pensamento de filósofos e sofistas, representados nessa análise de caso por Platão e Górgias, acerca da função dos discursos. Por fim, através do estudo empregado nos capítulos anteriores, procuro evidenciar no quinto capítulo que a retórica de verdade de Sócrates só é possível devido a uma relação diferenciada que o filósofo possui com sua própria mortalidade. A partir disso, este estudo pretende defender que a relação do filósofo com a retórica é possível sem que a mesma seja uma contradição entre comportamentos e valores.