[pt] ENSAIOS DE POLÍTICA MONETÁRIA COM ATIVOS ARRISCADOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: EDUARDO GONCALVES COSTA AMARAL
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56830&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56830&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.56830
Resumo: [pt] Esta dissertação é composta por três capítulos que abordam questões relacionadas à política monetária. O Capítulo 1 avalia o problema de conduzir política monetária com ativos arriscados em um simples modelo neo-Wickselliano. Eu mostro que a potência da política monetária com relação a preços e inflação se reduz uma vez que ela só pode ser condicionalmente ativa na presença de risco subjacente ao ativo de política monetária. Além disso, prêmio de risco não compensado induz viés inflacionário, e há correlação positiva entre probabilidade de calote e inflação, do mesmo sinal que se costuma encontrar em dados empíricos. Esses resultados constituem um argumento novo em favor de uma política monetária mais vigilante em caso de crise fiscal ou política, o que ajuda a explicar o conservadorismo da política monetária em economias arriscadas. O capítulo 2 endogeniza risco no ativo de política monetária como risco fiscal e estuda sua transmissão. Eu desenvolvo um modelo novo-Keynesiano de dois agentes (TANK) com limites fiscais endógenos no qual o banco central opera através de títulos com risco de calote, e calibro para uma grande economia emergente, Brasil. Eu encontro que, ao ignorar o risco subjacente ao ativo de política monetária, o banco central reforça a coincidência desagradável de taxas mais altas de juros real, nominal e inflação na distribuição de equilíbrio do modelo, o que surge como o resultado de expectativas endógenas de recessões severas em caso de calote. Outrossim, acomodar risco de ativo de política induz correlação positiva entre risco de calote e inflação. Do ponto de vista de política, esses resultados lançam dúvidas quanto à correta avaliação da rigidez da política monetária em economias com risco de calote soberano, enquanto também lançam nova luz sobre a antiga discussão de por que a taxa básica de juros foi excepcionalmente alta no Brasil após o Plano Real. Finalmente, o Capítulo 3 responde à controvérsia recente sobre a presença, de fato, de um canal de transmissão de taxa de juros real nos modelos novo-Keynesianos, uma vez que adição de capital endógeno é consistente com a taxa real se movendo em qualquer direção após um choque monetário positivo. Eu mostro que esse problema de identificação pode ser contornado pela inclusão de outro ingrediente tão comum em modelos de tamanho médio quanto o próprio capital: suavização de taxa de juros.