[en] REVELATION AND VULNERABILITY: WAYS TO A HERMENEUTICS OF REVELATION ON THE BASIS OF THE PRESENCE-ABSENCE
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26815&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26815&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26815 |
Resumo: | [pt] A pesquisa objetiva refletir sobre as possibilidades de uma pretensa relação entre a revelação divina e a vulnerabilidade humana, propondo, para isso, caminhos para uma hermenêutica da revelação que se compreenda a partir do movimento dialético entre a presença e a ausência. Discute, portanto, se essa revelação diz respeito apenas ao divino e se tal vulnerabilidade é característica apenas do humano. Para tanto, parte-se do pressuposto de que a tradição ocidental, em grande medida, se constrói sobre pressupostos metafísicos que delineiam o horizonte a partir do qual se conceberá a revelação durante a maior parte do tempo. A Modernidade, que se ergue sobre essa lógica metafísica, altamente comprometida com o desnudamento do mundo, verá a revelação apenas como um processo por meio do qual aquilo que estava oculto se manifesta absoluta, plena e substanciamente, ou seja, assumirá a revelação apenas em seu caráter manifestacional, tornando-se, nesse sentido, refratária a qualquer interpretação que se conceba sob o signo do mistério . Verifica-se, portanto, uma inflação da presença e do sentido que se materializa historicamente na cultura ocidental moderna, em geral, e no cristianismo, em particular. O cristianismo sob o influxo dessa saturação se organizará em torno da presença divina, metafisicamente concebida, e a partir de um discurso altamente apologético. Mas, ao longo do percurso aqui proposto constatou-se, também, uma crítica exacerbada ao modo metafísico de se conceber o mundo e o surgimento de uma nova tradição que se insinua cada vez mais pós-metafísica, mediante a qual se considerará o tema aqui proposto. Resgata-se esse horizonte teórico a partir de importantes mudanças históricas ocorridas nos campos da linguagem, da hermenêutica e da pragmática (Linguistic Turn). Essa mudança de paradigmas repercutiu em diversas áreas das ciências humanas, inclusive na própria teologia. Destaca-se aqui a dialética inferida de Martin Heidegger e a hermenêutica kenótica proposta por Gianni Vattimo, importantes pensadores no contexto das mudanças que estabelecerão o pensamento pós-metafísico. Além deles, e na esperança de se consolidar o referencial teórico desta pesquisa, ressaltam-se três teólogos cujas reflexões serão significativamente influenciadas pela crítica ao pensamento metafísico: Karl Rahner, Edward Skillebeekx e Andrés Torres Queiruga. Finalmente, mediante uma hermenêutica da presença-ausência , a pesquisa propõe caminhos para a construção de uma teologia da revelação que se faça a partir da vulnerabilidade humana. Assume, nesse sentido, a recepção enquanto critério hermenêutico-teológico, ao sugerir uma teologia de textos escritos — amparada no pressuposto de que está circunscrita aos limites da linguagem —, bem como uma teologia de textos vivos — consciente de que há experiências humanas que extrapolam esses limites. Em ambos os casos pressupõe-se uma epistemologia frágil , que proporcione lidar com esse caráter abscôndito e manifesto do divino ao modo de um pastoreio . Ou seja, propõe-se que o processo através do qual somos interpelados por esse Deus que se expressa na dialética da presença-ausência, que aqui se nomeia de revelação, seja alvo do cuidado humano. Pastorear o divino; pastorear os meios através dos quais o compreendemos; pastorear o produto final desse processo, que se transforma em teologia; pastorear o próprio pastoreio; enfim, pastorear a revelação — eis aí o desafio proposto pela pesquisa. |