[pt] PALESTRA DE IMPRENSA: MEDIAÇÃO DA ESTRUTURA SOCIOPOLÍTICA DOMINANTE NO CONGO-KINSHASA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PLACIDE OKALEMA PASHI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52044&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52044&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52044
Resumo: [pt] No contexto social congolês, à época de nossa análise, marcado, particularmente, de um lado, pelos constrangimentos sociopolíticos e financeiros e, por outro lado, pelo compromisso de todos os atores políticos de trabalhar pela democracia, uma imprensa que não possui uma deontologia coerente e meios adequados para seu funcionamento pode, facilmente, se tornar papagaiótica da ditadura, da ação da elite que detém um duplo capital político e financeiro e pode gerar uma classe política medíocre. As modalidades discursivas mobilizadas em tal imprensa sofrem, direta ou indiretamente, a interferência do regime dominante na orientação de sua linha editorial. O quadro político dominante do Congo interferiu, diretamente, na orientação da política editorial da imprensa, ao conceder-lhe subsídios e financiamento. E, indiretamente, ao comprar espaço nos jornais. Essa interferência registra a evolução da imprensa congolesa em uma perspectiva de dependência política, econômica e financeira, ou seja, uma postura tática de alinhamento editorial à ideologia política dominante, e isso em detrimento do ideal de democracia sob o qual a própria legitimidade da função da imprensa seria fundada. Essa imprensa congolesa era vista como a midiatização quase exclusiva das opiniões dos atores políticos dominantes, excluindo do circuito midiático as opiniões de outros atores sócio-políticos e questionando sua própria função como garantidora e guardiã da liberdade, diversidade de olhares e último recurso dos cidadãos. A situação do jornalista, nesse contexto, é a do homem incapaz de fazer uso de sua própria razão. O jornalista torna-se o que os outros dizem, sem senso crítico, sem reflexão profunda. É a pura alienação e aniquilação da razão, de seu ser e de sua essência jornalística.