[pt] ABRAM ALAS PARA ELA PASSAR: CHIQUINHA GONZAGA E A AGÊNCIA NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LARA DENISE GOES DA COSTA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25905&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25905&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25905
Resumo: [pt] Esta tese analisou o engajamento agêntico de Chiquinha Gonzaga e a estrutura social que a recepcionou, com as redes que estabeleceu e os valores vigentes à época, assim como a transformação urbana e social ocorrida no Rio de Janeiro em meados do século XIX. A vida de Chiquinha Gonzaga ofereceu um exemplo paradigmático de agência, na medida em que através da música e seu comprometimento deliberado de atuação como compositora possibilitou a transformação social da estrutura e das práticas sociais, como afirma Margaret Archer. Embora o conceito de agência seja relativamente recente na sociologia, o tema da relação entre indivíduo e sociedade ou agência e estrutura se desenvolveu desde sua formação, como espelho de diversos contextos sociais e a criação de modelos teóricos e categorias que tinham como objetivo apreender a realidade de forma mais rigorosa. Embora o desenvolvimento destes conceitos tenha se alternado com primazia ora para um ou outro, ambos estão intrinsecamente vinculados nas diferentes maneiras pelas quais moldam a ação social e neste sentido optou-se por uma análise das configurações sociais características de meados do século XIX no Rio de Janeiro. Podemos afirmar que a relativização das rígidas estruturas que impediam a emancipação feminina se deu em parte a partir do advento da pequena imprensa os teatrinhos, e sua conjugação com o entrudo e o carnaval que afrouxavam a rígida estrutura conservadora que limitava a atuação do universo popular. Soma-se a isso a personalidade e o caráter transgressor da compositora que contribuíram para o advento de novas formas de vida para a mulher.