Reformar os costumes ou servir o público: visões sobre o teatro no Rio de Janeiro oitocentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mainente, Renato Aurélio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150203
Resumo: Nas últimas décadas do século XIX, o Rio de Janeiro assistiu a um incremento no número de casas teatrais e uma diversificação de espetáculos oferecidos ao público. Os melodramas, dramas realistas e as óperas italianas, até então dominante nos palcos, passaram a sofrer concorrência cada vez maior de operetas e demais gêneros teatrais musicados, culminando com o sucesso do teatro de revista na última década do oitocentos. Essa diversificação, porém, foi alvo de intenso debate: nas páginas de jornais e revistas do período, literatos como Machado de Assis, Jose de Alencar, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia, teciam juízos acerca das obras, dos autores e também sobre a própria estrutura das casas teatrais. No entanto, para além de julgamentos propriamente estéticos, estavam em questão, sobretudo, diferentes concepções da atividade teatral e da função dos teatros na sociedade oitocentista. Tratava-se, assim, da defesa de uma atividade teatral pautada por dois princípios distintos, reformar os costumes da sociedade e servir ao público obras voltadas para seu entretenimento. O objetivo deste estudo é, portanto, mapear os diferentes discursos acerca do teatro nacional, a partir da análise de dois conjuntos de fontes: textos publicados em periódicos no Rio de Janeiro oitocentista, e que abordavam o cenário teatral do período; e os pareceres emitidos pelo Conservatório Dramático Brasileiro, instituição encarregada da censura às obras dramáticas e líricas a serem encenadas nas casas teatrais da corte. Partindo dessa análise, será possível identificar as diferentes expectativas nutridas pelos homens de cultura do período quando o assunto era a arte teatral, e principalmente o desenvolvimento do teatro nacional.