[pt] NARRATIVAS DA DOMINAÇÃO NO CONCURSO DE LITERATURA COLONIAL DA AGÊNCIA GERAL DAS COLÓNIAS (1926-1951)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: FLAVIA ARRUDA RODRIGUES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16487&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16487&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16487
Resumo: [pt] O objetivo deste trabalho é fazer uma análise da construção discursiva da colonialidade portuguesa a partir da leitura de narrativas que receberam o Prêmio de Literatura Colonial da Agência Geral das Colónias (AGC), distinção concedida pelo Estado Novo português entre 1926 e 1951. Trata-se do estudo dos processos de dominação e hierarquização social realizados pela via literária nas antigas colônias de Moçambique, Angola, e Timor-Leste. Para tanto, três obras foram privilegiadas para leitura: Oiro africano, Na pista do marfim e da morte: reportagens vividas e escritas por Ferreira da Costa e Gentio de Timor, escritas pelos colonialistas portugueses Julião Quintinha, Ferreira da Costa e Armando Pinto Corrêa nos anos de 1929, 1944 e 1935, respectivamente. Além de destacar e analisar aspectos significativos do discurso colonial, este trabalho evidencia, em paralelo, a dimensão política e cultural desses textos, que, usados como ferramenta da ação colonial, acabaram também fazendo um autorretrato dos próprios portugueses que colonizaram aquelas terras. Faz-se, ainda, pela análise de fontes primárias como materiais de jornais de época, uma correlação entre o lançamento dos títulos no mercado editorial português, a atuação social de seus autores como articulistas na imprensa e os papeis que exerceram como educadores ou administradores coloniais.