Do nexo feliz ao novo Brasil: Portugual e a Reconfiguração do Império (C.1808 - C.1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tammone, Natalia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-02122019-152047/
Resumo: Os anos finais do século XVIII e a primeira metade do século XIX constituem período de grandes transformações políticas e econômicas para Portugal. O sistema colonial então vigente passou por transformações em sua estrutura, adaptando-se à crescente necessidade de matérias primas e mercados consumidores da Europa, configurando uma relação de complementariedade com a metrópole, definida pelos cronistas da época como nexo feliz. As invasões napoleônicas e a abertura dos portos brasileiros modificaram drasticamente esse panorama: com a sede do Império no Rio de Janeiro, as relações entre suas partes deveriam obedecer a essa nova lógica de complementariedade econômica centrada na América. O retorno da corte para Portugal, a Revolução do Porto e a independência do Brasil alteraram novamente esse panorama. A perda do Brasil deixou Portugal sem o centro de suas relações econômicas. Buscou-se, então, ressignificar as possessões africanas, para fazer delas um novo Brasil que ocupasse a posição de mercado consumidor e fornecedor de matérias primas da antiga colônia. Este trabalho objetiva mostrar a passagem da ideia de nexo feliz à ideia de novo Brasil em três níveis: nas ideias econômicas veiculadas pela intelectualidade lusa à época, nos debates políticos encetados nas câmaras do parlamento português e nas correspondências com os governadores coloniais. Ressalta-se a discrepância existente entre os discursos e ideias sobre a colonização e as políticas e resultados práticos obtidos, usando como exemplo a província de Angola, maior colônia portuguesa no período.