Aspectos culturais em A viagem do elefante: um estudo do romance de José Saramago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zollner, Cíntia de Vito [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148855
Resumo: O presente estudo propõe uma análise de A Viagem do elefante (2008) do escritor José Saramago e as relações do romance com a cultura de Portugal como país expansionista luso, destacando o percurso do personagem protagonista, o tratador indiano Subhro em seu processo de busca da valorização dos aspectos culturais de sua origem, através do contexto da cultura hindu e costumes da tradição indiana, nos espaços de fronteiras e deslocamentos geográficos. Seguindo esse enfoque, será feita uma análise desses elementos presentes na narrativa, bem como no discurso, partindo da ideia da cultura como construção identitária do sujeito. Por meio de um aporte teórico-metodológico, realizada será a fortuna crítica de Saramago, bem como a reconstituição histórica de Portugal, considerando o projeto hegemônico do Império luso de D. Manuel, o venturoso (1469-1521) no século XVI. Objetiva-se apresentar a obra como produto da cultura, a partir da reflexão teórica da metaficção historiográfica, de Linda Hutcheon. Com esse estudo reflexivo, o tratador será analisado como personagem marginalizado, que busca ‘reconstrução’ de sua identidade nos espaços de ‘entre-lugares’, como personagem ‘ex-cêntrico’. Para estudar esse difícil processo do personagem indiano, entre outras identidades, será também realizado um estudo teórico desses espaços, a partir das reflexões de Homi k. Bhabha.