[pt] DEUS PELEGRINO: A MIGRAÇÃO NO PENSAMENTO DO PAPA FRANCISCO: DO ÊXODO À COMUNHÃO
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | ita |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=2 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=7 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52899 |
Resumo: | [pt] A pesquisa pretende apresentar a contribuição teológica e pastoral que a reflexão do Papa Francisco oferece no âmbito do debate migratório. A tese é composta de três partes, cada qual com dois capítulos. O título da primeira parte é A migração hoje e o discernimento da Igreja Católica. O primeiro capítulo apresenta, em termos gerais, o fenômeno da migração do ponto de vista sociológico. O fenômeno da mobilidade humana, por suas próprias características, sempre esteve no centro do cuidado pastoral da Igreja. Sendo que este tema é desenvolvido no decorrer do segundo capítulo, especificamente pretende-se verificar como a Igreja, ao longo dos séculos, tomou consciência, paulatinamente, do fenômeno migratório, amadurecendo um discernimento pastoral e se organizando estrutural e institucionalmente. A segunda parte da tese evidencia e aprofunda as matrizesdo discernimento de Francisco: a mística inaciana (capítulo 3) e a recepção latino-americana da eclesiologia do povo de Deus (capítulo 4). Inácio de Loyola, em sua auto biografia, se identifica com o peregrino. Por certo, como podemos constatar, a característica da experiência de Deus que aqui desponta é exatamente a da peregrinação, é a própria história que assume os atributos desta grande peregrinação na qual o ser humano, homo viator, é chamado constantemente a reconhecer os sinais de Deus, que sempre se manifestam como uma surpresa. Deus é o Deus das Surpresas, da novidade inaudita que somos chamados a reconhecer em uma atitude de maravilha e atenção. Mesmo porque no caminho, o homem nunca está sozinho, mas faz parte de um povo, o povo de Deus que no decorrer da história é chamado, em comunidade, a procurar Deus e encontrá-lo em todas as coisas.O quarto capítulo, por sua vez, se dedica especificamente à recepção latino-americana da eclesiologia do povo de Deus, procurando evidenciar a evolução, a partir da Escritura, deste paradigma chave do Vaticano II e, sucessivamente, analisar a recepção ocorrida na América Latina por meio de alguns autores: G. Gutiérrez (opção pelos pobres), J. Sobrino e I. Ellacuria (povos crucificados), L. Gera e R. Tello (teologia delpopolo). A terceira parte (capítulos 5 e 6) por fim, examinam a prospectiva teológico-pastoral do Papa Francisco a partir do fenômeno migratório, para a vida e a missão da Igreja. O quinto capítulo se dedica ao exame da proposta de Francisco, partindo dos textos magisteriais, dos discursos e das homilias, referentes a migração. O sexto capítulo, por fim, procura lançar uma luz ao tema, propondo algumas indicações que se ramificam a partir desta proposta para um estudo mais aprofundado. Particularmente intencionamos apresentar dois grandes temas centrais par ao Magistério do Papa – a Igreja em saída e a mística marcado por um ritmo que se desenvolve em quatro etapas: o ser no caminho e aberto à surpresa de Deus, a fronteira, a hospitalidade, a koinonia na diferença, ou a cultura do encontro. Considerar o fenômeno migratórios nesses termos abre a um claro ethos evangélico: a comunhão na diversidade representa um elemento essencial para a compreensão do mistério da Trindade, pois ela própria revelou-se à humanidade levando ao desenvolvimento de um novo paradigma par poder dizer Deus hoje, o Deus peregrino. |