Enteroparasitoses e fatores associados em quilombolas da comunidade Ilha de São Vicente no norte do Estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueredo, Priscila Gonçalves Jacinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas e da Vida
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3964
Resumo: As parasitoses intestinais se configuram um dos indicadores determinantes do desenvolvimento socioeconômico de um país. Populações minoritárias como quilombolas estão inclusas nos grupos de risco que apresentam elevados índices de agravos à saúde, entre eles, as enteroparasitoses, relacionadas principalmente ao isolamento cultural e geográfico. O estudo objetivou investigar a ocorrência de enteroparasitoses e fatores associados em quilombolas da comunidade Ilha de São Vicente no norte do Estado do Tocantins. Trata-se de um estudo observacional transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Realizou-se nos meses de abril e maio de 2017, através da coleta de amostras de fezes para análise parasitológica e aplicação do formulário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas acrescido de fatores socioeconômicos, ambientais e sanitários da comunidade. Os dados foram analisados com pacote estatístico Statistical Package of Social Sciences (SPSS, 23.0) adotando um nível de significância de 5% (p <0,05). Dos 86 indivíduos pesquisados, 39 (45,3%) apresentaram positividade para parasitos intestinais. Destes, 9 (23,1%) tiveram biparasitismo. Os geohelmintos Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura foram os mais prevalentes entre os patogênicos, com respectivamente 8 (16,6%) e 6 (12,5%). Independente do local de moradia (zona urbana ou rural) dos quilombolas, fatores de risco como: Saneamento básico precário ou inexistente, associado a adoção de medidas de higiene inadequadas e níveis socioeconômicos baixos, expuseram a comunidade quilombola às parasitoses intestinais. Garantir a melhoria do saneamento ambiental, habitabilidade das residências, facilitação na oferta de antiparasitários, acessibilidade aos serviços de saúde e informações mitigadoras dos agravos à saúde, são medidas importantes para diminuição da prevalência de enteroparasitoses na comunidade quilombola.