Famílias LGBTI+ e religião: entidades de direito e fé
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4579 |
Resumo: | No atual contexto brasileiro, setores de matrizes conservadoras da sociedade, da religião e mesmo da política, têm intensificado a reivindicação de que existe apenas um modelo de família: a tradicional, considerada como intrínseca. Negam a formação de famílias constituídas por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais - LGBTI+. Partindo desta conjuntura, o objeto da tese é a relação entre religião e famílias LGBTI+ e tem como objetivo compreender as questões que envolvem esse contexto historicamente divergente. Estes novos arranjos familiares trazem novos elementos para nossa sociedade, como novas perspectivas de religião, conjugalidades e parentalidades de famílias LGBTI+. Se, por um lado, determinadas estratégias religiosas mostram preconceitos advindos da construção histórica e social da família, por outro lado, as conjugalidades LGBTI+ persistem em mostrar que outros olhares são possíveis. Este embate é notável nas esferas institucionais do país. No legislativo brasileiro, proliferam manifestações de políticos e religiosos contrários às famílias LGBTI+, portanto, desfavoráveis às demandas e necessidades do coletivo. Fato que se contradiz com a esfera judiciária, na qual é garantido o amparo legal a essas famílias, o reconhecimento e o direito a que elas concorrem, tanto quanto a famílias heterossexuais. Para fundamentar a pesquisa, aspectos centrais sobre a sexualidade humana e a categoria gênero são abordados e, a seguir, são apresentados os perfis das(os) participantes da pesquisa, tendo como enfoque principal a representação religiosa das famílias LGBTI+, a experiência religiosa de cada indivíduo, a importância ou não da pertença a uma religião. Para obter estes dados empíricos, foi utilizada a ferramenta snowball (bola de neve), na qual cada participante indicou outras pessoas de seu núcleo de amizade. A pesquisa foi realizada no período de setembro a novembro de 2019, com 38 representantes de famílias LGBTI+, em sua maioria de Goiás, havendo também dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Ceará, Mato Grosso e Distrito Federal. Em sua maioria, as expressões religiosas declaradas estão incluídas nas vertentes cristãs, mas outras expressões também foram mencionadas. Esta pesquisa de campo revelou dados que se relacionam com os referenciais teóricos da pesquisa e colocam em debate os pressupostos de religiões tradicionais de matrizes conservadoras. Contrariando estas matrizes, as famílias constituídas por casais LGBTI+ questionam as mentalidades e as representações hegemônicas e heterocêntricas existentes e, por consequência, colocam em xeque o status quo do conceito tradicional de família, tanto quanto ao conceito de parentalidade |