AS VIVÊNCIAS DOS EMPREENDEDORES EM RELAÇÃO AO SEU TRABALHO: uma intervenção em clínica do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guimarães Júnior, Edward Humberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1874
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo realizar uma intervenção em clínica do trabalho a partir da compreensão das vivências de um grupo de empreendedores em relação ao seu trabalho, tendo como abordagem a psicodinâmica do trabalho. Buscou-se analisar os aspectos psíquicos e subjetivos que são mobilizados a partir das relações e da organização do trabalho dos empreendedores e as suas defesas contra o adoecimento. Foram realizadas 4 sessões coletivas com um grupo de 8 empreendedores com uma duração total aproximada de 12 horas. As sessões foram gravadas em vídeo e posteriormente analisadas utilizando como técnica a Análise de Núcleo de Sentidos validada por Mendes (2007) embasada na Análise de Conteúdo de Bardin (2002). Os resultados foram apresentados com base na Análise Clínica do Trabalho ACT, validada por Mendes (2011). As vivências dos empreendedores em relação ao seu trabalho são marcadas por uma rotina de surpresas, tendo que lidar com a burocracia do governo e com a dificuldade de se obter mão-de-obra qualificada que contribua com o sucesso do seu negócio. Embora possuam um maior poder para estabelecer as normas e controles nas organizações criadas por eles próprios, eles estão sujeitos aos padrões de desempenho estabelecidos pelo mercado em que atuam e principalmente pelas exigências dos seus clientes, além disso, os empreendedores sentem constantemente cobrados pelos seus próprios funcionários. Constatou-se também que os empreendedores são trabalhadores autogestores e multifuncionais, não se limitando a uma jornada de trabalho como os demais funcionários. Eles reconhecem a falta de preparo para gerir o seu próprio negócio e resaltam as dificuldades de comunicação com os seus funcionários e de estabelecerem o seu estilo de gestão. A intervenção contribuiu principalmente no sentido dos empreendedores se despertarem para melhorar a comunicação com as suas equipes e de perceberem a necessidade de receberem ajuda externa para o reconhecimento e aprimoramento do seu modo de gestão.