MODELO DE GESTÃO: UMA PROPOSIÇÃO BASEADA NA PSICODINÂMICA DO TRABALHO
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3709 |
Resumo: | Este estudo estabelece uma relação entre modelos de gestão organizacional e os princípios da psicodinâmica do trabalho, tendo como objetivo analisar o modelo de gestão de uma organização a partir das vivências de trabalho de gestores e subordinados, voltando-se para a compreensão dos processos psíquicos envolvidos em situações concretas de trabalho. O campo de pesquisa foi uma organização privada que possui mais de dez anos de existência e participaram da pesquisa dois grupos de trabalhadores, sendo um grupo formado pelos gestores e outro grupo formado pelos subordinados. A pesquisa utilizou como base teóricametodológica a clínica do trabalho, estando apoiada nos princípios da psicodinâmica do trabalho. Foram realizadas três sessões de análise com o grupo de subordinados e duas sessões com o grupo de gestores, tendo sido feita a gravação das sessões e a transcrição dos diálogos dos trabalhadores, compondo o corpus da pesquisa. A condução das sessões foi orientada por questionários semiestruturados, elaborados com base nas categorias da psicodinâmica do trabalho, e os resultados foram apresentados e analisados utilizando a técnica de Análise de Núcleo de Sentidos – ANS validada por Mendes (2007), o que permitiu compreender as vivências de trabalho dos dois grupos de trabalhadores. A análise possibilitou identificar situações de concordância entre gestores e subordinados nas categorias: relações socioprofissionais e confiança, e de discordância nas categorias: conteúdo das tarefas, normas e controles, comunicação, modos de gestão, condições de trabalho, significado do trabalho, liberdade e autonomia, espaço de discussão, reconhecimento e estratégias de enfrentamento. A constatação de maior número de discordâncias, no que corresponde as categorias relacionadas a organização do trabalho e a mobilização subjetiva dos trabalhadores, apontam para a necessidade de uma intervenção na organização do trabalho, que implique na criação de novas regras de trabalho com maior concordância entre gestores e subordinados. Neste sentido, foi elaborada uma proposição de modelo de gestão baseada nos princípios da psicodinâmica do trabalho. O modelo proposto neste estudo baseia-se fundamentalmente no reforço da cooperação, da confiança e da criatividade, através da interpretação do diálogo aberto entre os trabalhadores em um espaço de discussão coletivo, tendo como principal propósito a criação de novas regras de ofício à partir da inteligência prática dos trabalhadores transformadas em inteligência coletiva deliberada. Reforça a constatação feita por Dejours de que os trabalhadores possuem a capacidade de se mobilizarem subjetivamente diante do real do trabalho e de elaborarem novas regras de trabalho pelo uso de suas inteligências individuais e coletivas. Instiga novos debates para o avanço do estudo da psicodinâmica do trabalho e dos modelos de gestão, no sentido de contribuir com a gestão organizacional do trabalho. |