Percurso simbólico do espaço em contos de Mia Couto sob a perspectiva de Gaston Bachelard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Porfirio, Maria Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3191
Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar a dimensão simbólica e a poetização do espaço em quatro contos do livro, O fio das missangas, do escritor moçambicano, Mia Couto, publicado no Brasil em 2009. Fizeram parte do nosso corpus os seguintes contos Uma questão de honra, e A avó, a cidade e o semáforo, nos quais estão configurados os espaços em que se inserem a figura do idoso na sociedade; depois, os contos A saia almarrotada e O cesto em que se fazem presentes os espaços de opressão da mulher. A proposta dessa análise foi refletir obre os modos pelos quais a imagem se transforma num novo ser da linguagem, tornando-se um devir de expressão que é um devir de nosso ser . Utilizamos como fundamentação teórica, os estudos desenvolvidos pelo filósofo francês Gaston Bachelard em A poética do espaço que trata a imagem poética como uma emergência da linguagem, onde a vida se mostra por uma profunda e audaz novidade, e A Poética do Ar e dos Sonhos, que estuda a função móvel e criadora do fazer artístico, como função privilegiada em relação às percepções. Toma-se, aqui, o espaço como um instrumento de análise da alma humana, onde ela adquire caráter flutuante e imaginário, de ordem mítica e simbólica, como querem Jean Chevalier e Gheerbrant, no Dicionário de Símbolos. Também consideramos importantes os estudos desenvolvidos sobre a literatura e a cultura Africanas, especialmente os estudos críticos literários levados a efeito por Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Carmem Lúcia Secco, Maria Zilda Cury e pelo próprio Mia Couto. Dessa forma, procuramos refletir sobre o modo particular que esse autor tem de realizar sua transfiguração criadora, instaurando uma obra não só plena de encanto, mas que nos dá uma dimensão muito profunda da alma humana.