Movimento intersemiótico em Profugus, de Miguel Jorge
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5040 |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo a análise do movimento intersemiótico contido no livro de poemas Profugus, do escritor Miguel Jorge, publicado em 1990 e que lhe rendeu o prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, de Goiânia, Goiás. Desde o título instigante, "Profugus", emana do livro um processo de construção inovador, que vai desde a sua organização até sua apresentação final, extremamente provocativo pelo forte movimento que aflora dos seus esquemas e manuseio da linguagem. A temática dos poemas se baseia no ser do homem, suas contradições, seu movimento fugidio, nômade. E a construção dessa temática é feita por um movimento semiótico e intersemiótico por meio do qual o leitor é chamado a se colocar frente a si mesmo como ser humano e frente a alguns questionamentos sobre o próprio livro: a organização do livro seria apenas um movimento desviante? O que seria prófugo: o homem, o livro, ou um é o veículo para se atingir o outro? O autor adverte: "Há que se entender o homem" e, para entender esse Homem, buscou-se compreender a construção inusitada da linguagem sob a sustentação dos semioticistas: Peirce (2000), Greimas (1975), Hjelmslev (2013), Barthes (1989), Eco (1976), Austin (1962); e dos teóricos que tratam do gênero lírico: Todorov (1978), Hugo Friedrich (1978), Hamburguer (1986), Borges (2019). Por meio da pesquisa bibliográfica, foi possível observar como o movimento criado pela organização da linguagem performatiza, pelos sujeitos de enunciação do discurso presentes na lírica jorgiana, a vivência nômade e fugidia do homem. Miguel Jorge transforma a palavra na própria arte e seu código modificado causa movimentos instigantes por meio das sonoridades bem organizadas, da organização visual da palavra, do trânsito intersemiótico entre o código visual e o código linguístico. O livro mostra-se um rico campo de análise, pois pode ser observado desde a ótica filosófica, a psicológica ou a social. No entanto, pelo enfoque do movimento semiótico, a pesquisa pode mostrar os terrenos movediços da linguagem que proporcionarão aos leitores uma base para uma possível continuidade de análise através de outras abordagens |