Humilhação social no trabalho: o caso das advogadas negras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Platero, Rosana Antoniacci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15955
Resumo: A presente dissertação, inserida na linha de Pesquisa Prevenção e Intervenção Psicológica do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, visa a estudar como se dá a vivência de mulheres negras, advogadas, no trabalho na área do direito, buscando identificar os principais desafios enfrentados na atividade laboral na vida cotidiana dessas pessoas. Utilizando o enfoque da Psicologia Social do Trabalho, parte-se do pressuposto de que o trabalho é um elemento fundamental na constituição do sujeito. Os temas raça e gênero, por sua vez, ainda exercem influência sobre as vivências cotidianas no trabalho na atualidade. No presente trabalho, foi adotada a metodologia do Campo-tema , com visão etnográfica e com o apoio da etnografia virtual, que permitiu acessar o assunto tratado nos mais diversos espaços em que ele pudesse se manifestar e, baseados nos referenciais teóricos sobre preconceito, de Agnes Heller, e humilhação social, defendido por Gonçalves Filho, foi possível chegar a uma melhor compreensão da vivência de advogadas negras nas suas atividades profissionais no âmbito do Direito. Os principais resultados obtidos e consequente conclusão do estudo foram em relação à confirmação dos preconceitos vivenciados pelas advogadas negras em um ambiente marcado desde sua formação pela elitização e o estereótipo do homem branco detentor da imagem da profissão de advogado. Além disso, o preconceito institucional se mostrou presente inclusive em ambientes que considerávamos isento, como em instituições e repartições públicas, nas quais a inserção aos cargos se dá por meio de concurso públicos. A partir dos relatos das participantes da pesquisa, observou-se que a humilhação social faz parte do cotidiano dessas mulheres dentro e fora do trabalho. No entanto, ficou constatado que o próprio trabalho é uma forma de enfrentamento das adversidades e preconceito encontrados pelas advogadas negras. Dizer-se formada em direito e atuante como advogada ajuda essas mulheres a superarem psicologicamente o preconceito e exclusões.