Produções imaginativas sobre a homoparentalidade por meio de narrativas interativas

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Jurado, Thiago
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PUC-Campinas
• Palavras-chave em Português: homoparentalidade; narrativas interativas; imaginário coletivo; funções parentais; homoparenthood; interactive narrative; collective imaginary; parental roles
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15905

Profundas transformações ocorreram na composição familiar, dando origem a novas configurações familiares, porém nenhum dos novos modelos é tão controverso quanto o modelo homoparental. Em nosso país esse novo arranjo tem suscitado preconceito e questionamentos sobre a capacidade de uma família se constituir fora dos padrões tradicionais e ainda assim ser capaz de criar indivíduos saudáveis. Este trabalho tem como objetivo investigar o imaginário coletivo de estudantes de Psicologia a respeito da parentalidade homossexual, uma vez que a homoparentalidade desafia o psicólogo cujos pressupostos teórico-metodológicos tem se mostrado inadequados para atender as demandas da parentalidade contemporânea. Enfatizamos a relevância das pesquisas sobre o imaginário, uma vez que este orienta condutas sociais, profissionais, políticas públicas e leis para a sociedade em geral. O uso das Narrativas Interativas pretende dentro desta proposta de pesquisa qualitativa de orientação psicanalítica restaurar o diálogo na pesquisa, convidando os participantes para que completem uma pequena história fictícia previamente preparada pelo pesquisador. Esse procedimento visa facilitar o movimento associativo dos participantes, a partir do qual são identificados campos de sentido afetivo-emocional que organizam as produções narrativas, a partir da interlocução entre o pesquisador, seu grupo de pesquisa e a literatura científica consultada. Os quatro campos de sentido afetivo-emocional encontrados comunicam o preconceito contra o homossexual e sua suposta cura pelo amor, a questão da normatização das condutas e seu efeito perverso na clínica, o desejo de ter filhos em tempos que pouco tempo temos para eles, além do papel do psicólogo frente às demandas de felicidade e alívio rápido do sofrimento. Esperamos ainda que este estudo contribua para o debate social sobre a homoparentalidade, além da questão homossexual que lhe é implícita e retoma o problema do preconceito em nossa sociedade.