A representação parental de casais homossexuais masculinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodriguez, Brunella Carla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-07022013-092525/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar as representações parentais de casais homossexuais masculinos, por meio das imagos parentais e legados geracionais, atualizados pelo processo de transmissão psíquica. Com o crescente aparecimento dos novos arranjos familiares e do papel fundamental da família na constituição psíquica do indivíduo, faz-se necessário o estudo das novas funções e das novas formas de se relacionar dentro destes grupos. Não há um modelo de família dominante e a ampliação de seu conceito acarreta a dificuldade de se abstrair um sentido único. Buscando compreender como se dão tais representações e suas possíveis ligações e/ou influências na relação do casal homoafetivo e, possivelmente, na família homoparental, foram entrevistados cinco casais homossexuais masculinos sem filhos, além da aplicação do DF-Es (Desenhos de famílias com estórias) adaptado. Como resultados gerais encontramos casais ainda muito ligados à suas famílias de origem; com questões conflitivas associadas ao processo de construção de suas identidades homossexuais; presos ao modelo de conjugalidade heteronormativa; cujos relacionamentos caracterizaram-se pela brevidade com que se tornaram compromissados e de coabitação, com a finalidade principal de apoio mútuo à assunção da identidade homossexual de cada um. Diante do material encontrado, concluiu-se que o despreparo para deixar o lugar de filho é fator influente para não se pensar na parentalidade; e ambos estão relacionados com conflitos de cerne familiar, especialmente a falta de aceitação da homossexualidade. Enfatizamos a necessidade de maior número de pesquisas nessa área, da psicanálise à interface interdisciplinar, para que se possa estabelecer uma ética pontuada no vínculo filiativo, base da construção de um novo modelo relacional, conjugal, familiar e parental