Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Venturini, Sueli Mara Marussi |
Orientador(a): |
Pinheiro, Sérgio Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16327
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Resumo: |
A urbanização e a industrialização trouxeram hábitos alimentares pouco saudáveis, com a adesão a um padrão alimentar rico em consumo de alimentos industrializados aliados ao estilo de vida sedentário, culminando com o aumento da prevalência de obesidade infantil no Brasil. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi relacionar o consumo alimentar de alimentos processados e ultraprocessados com indicadores antropométricos e bioquímicos no estado nutricional em crianças, e avaliar sua relação com o aumento da ocorrência de DCNT. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico com crianças de ambos os sexos, com idade entre 7 e 10 anos, cadastradas no Posto de Saúde da cidade de Hortolândia, interior de São Paulo; 80 crianças participaram do estudo. Pontos de corte para eutróficos, sobrepeso e obesidade foram utilizados de acordo com a OMS (2007). A avaliação antropométrica foi feita a partir das medidas de peso, estatura, CA, CP, CB e PA, cálculo do IMC e IC. Utilizou-se um questionário para avaliar a frequência alimentar (HINNING Questionnaire et al., 2014), atividade física (Questionário Otávio Bertoletti, 2005) e avaliação socioeconômica (Questionário Brasileiro de Classificação Socioeconômica - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, 2009). Também realizados exames subsidiários. As análises apresentadas em tabelas foram: porcentagem, intervalo de confiança, coeficiente de correlação e χ2 (Qui-quadrado). Resultados: A população deste estudo (n = 80) foi dividida em grupos: eutróficos (n = 16), sobrepeso (n = 10) e obesidade (n = 54). A idade média do grupo eutrófico é de 8,3 anos, a idade com sobrepeso é de 9,4 anos e o grupo obesidade é de 8,8 anos. O grupo de crianças com obesidade apresenta alterações na PCR (85,2%), HDL (45,3%), TGC (61,1%), CT (31,5%) e TSH (10,5%). Dados antropométricos, as alterações relevantes foram: IC (75,9%), PA (27,8%), CA (100%), CP (81,5%) e CB (96,3%). Nenhum paciente do grupo eutrófico (100%) apresentou PCR valor de p <0,0001 alterado, e 100% e 85,2% das crianças dos grupos sobrepeso e obesidade apresentaram PCR com valores elevados. Na avaliação do HDL (valor p = 0,0400), no grupo eutrófico 25% encontraram HDL alterado (diminuído) e grupo sobrepeso essa alteração foi de 77,8% e na obesidade 44,3%. O consumo de alimentos ultraprocessados, com média de 94,73, apresentou valor superior ao consumo de alimentos in natura, com média de 82,69. Crianças com IMC, IC, PA, CA, CP, CB, PCR, TGC, CT, HDL e TSH alterados apresentam maior consumo de alimentos processados e ultraprocessados. As crianças que consomem abacate têm menor PCR, TGC, maior AST, menor CA, CP; aquelas que consomem peixe têm maior HDL. O sexo feminino apresentou menor taxa, 43,75%, em atividade física, e o sexo masculino 56,25%. A classe socioeconômica do grupo obesidade obteve os seguintes resultados: classe B (18,5%), classe C (81,5%). Evidenciou-se que a criança com obesidade infantil está predisposta a um processo crônico e inflamatório de baixa intensidade e, consequentemente, aumenta o risco cardiovascular e o desenvolvimento de DCNT. |