Situação sucessória na agricultura familiar na região de Itaporã-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ROZENO, Alexsander Fuza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67370
Resumo: A agricultura familiar é um pilar fundamental da economia brasileira, contribuindo significativamente para a produção de alimentos e a criação de empregos e renda nas áreas rurais. No entanto, a sucessão hereditária apresenta um desafio para este setor, pois implica a transferência de propriedade e atividades agrícolas para as gerações mais jovens. Objetivou-se com esse estudo analisar os desafios e perspectivas da sucessão hereditária na agricultura familiar, com foco nos jovens de pequenas propriedades na região de Itaporã-MS. Esse estudo se insere na linha de pesquisa em Gestão da Produção Agropecuária e Agroindustrial. A decisão dos jovens de permanecer ou não na agricultura familiar é influenciada por vários fatores, incluindo produtividade, rentabilidade, acesso à educação, crédito e assistência técnica, bem como expectativas e valores pessoais e familiares. Diante das dinâmicas sociais e econômicas que impactam a agricultura familiar e sua sustentabilidade a longo prazo, surge a questão: quais fatores influenciam a intenção dos jovens de pequenas propriedades rurais em Itaporã-MS de continuar ou abandonar a agricultura familiar? Apesar da importância deste tema, há uma escassez de estudos sobre a sucessão hereditária na agricultura familiar, especialmente na região Centro-Oeste. Isso torna a questão crucial para o planejamento e implementação de políticas públicas destinadas a fortalecer este setor. Neste estudo, foi utilizado a Teoria do Comportamento Planejado como base para medir a intenção dos jovens de continuar ou não na agricultura familiar, levando em consideração suas atitudes, normas sociais e controle percebido sobre o comportamento. A metodologia adotada incluiu uma revisão da literatura publicada em veículos acadêmicos, com uma abordagem qualitativa e descritiva na análise dos dados coletados. Aplicou-se questionários aos filhos de proprietários de pequenas propriedades rurais na zona rural de Itaporã-MS, compostos por várias questões escritas. Esses questionários visavam entender as opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e experiências dos jovens. No total, foram selecionadas 17 propriedades para a aplicação dos questionários aos possíveis herdeiros, todas localizadas nas regiões de Santa Terezinha, Itaporã e Montese. Os resultados mostraram que o envelhecimento é uma preocupação central para as famílias nas propriedades rurais, pois há incerteza sobre a continuidade da propriedade e insatisfação em deixar o meio 10 rural para viver nas cidades. Nesse sentido, fica claro que o incentivo educacional e financeiro é essencial para a continuidade e investimento nas propriedades rurais familiares, aspectos que têm sido negligenciados e que precisam ser discutidos de forma mais efetiva para uma revitalização adequada. Destaca-se também o compromisso com a hereditariedade das propriedades rurais de produção familiar, onde a produtividade desempenha um papel importante na intenção dos herdeiros de manter ou abandonar a propriedade. Além disso, a importância do conhecimento no desenvolvimento e preservação do solo em propriedades predominantemente agrícolas é evidente. Portanto, a pesquisa revelou uma falta de interesse dos jovens da população rural em continuar na agricultura familiar. A velhice é o principal ponto de preocupação dos agricultores familiares, devido à saída dos jovens e à possível descontinuidade da produtividade nas áreas rurais. Para amenizar os efeitos da evasão das áreas rurais e da dissolução das propriedades da agricultura familiar, destaca-se a importância do incentivo educacional e financeiro para a continuidade e investimento nas propriedades rurais familiares, como uma forma efetiva de revitalização, manutenção e desenvolvimento.