Os desafios do empreendedor no Brasil: Fatores que afetam a sobrevivência de empresas nascentes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araújo, Erick Marquardt De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/761
Resumo: O empreendedorismo é uma importante força motriz do crescimento econômico, da inovação, da geração de empregos, do equilíbrio e amadurecimento de mercados e da distribuição de riquezas. Entretanto, assim como são expressivas as taxas de empreendimento em estágio inicial, também são elevadas as taxas de mortalidade destes novos negócios, motivando os acadêmicos a investigar este fenômeno. Neste trabalho avaliamos o impacto de seis conjuntos de fatores na sobrevivência de firmas nascentes, nomeadamente, capital humano, capital social, práticas gerenciais, comprometimento do empreendedor, orientação para o mercado, regime tributário e apoio de instituições e profissionais. Para este fim, utilizamos uma amostra contendo 2514 empresas, abertas entre 1999 e 2003 no estado de São Paulo, coletada pelo Sebrae-SP. Empregamos duas técnicas quantitativas para o processamento dos dados, a Análise de Classe Latente (LCA), que permite lidar de forma mais apropriada com variáveis não observáveis (como são muitos dos fatores citados) e a regressão logística, para determinarmos o efeito de cada fator sobre a probabilidade de sobrevivência da firma. Os resultados revelam que todos os fatores possuem efeitos estatisticamente significantes nas chances de sobrevivência. Entretanto, os fatores que apresentaram maior intensidade foram, em ordem decrescente, o uso frequente de práticas gerenciais básicas, alto comprometimento do empreendedor, apoio do SENAC (uma instituição de educação profissional) e opção pelo regime de tributação diferenciado, conhecido como Simples Federal. Estes resultados indicam que uma avaliação mais holística do empreendedor e empreendimento, combinando diferentes teorias, é essencial para a melhor compreensão da sobrevivência de empresas nascentes. Além disso, nos permite concluir que, embora as teorias clássicas de capital humano e capital social sejam relevantes, elas apresentam impacto moderado no desempenho destes novos empreendimentos. Questões de natureza mais básica, ainda estão entre os maiores desafios do empreendedor brasileiro. Algumas possibilidades de extensão deste estudo são discutidas ao final do trabalho.