Biomassa florestal e equações alométricas para estimar carbono em uma floresta de campinarana na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã, Amazônia Central
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12682 http://lattes.cnpq.br/7454052193490720 |
Resumo: | O objetivo geral deste trabalho foi caracterizar uma floresta de campinarana analisando espécies dominantes deste ecossistema com a finalidade de conhecer a distribuição de biomassa florestal acima e abaixo do solo, desenvolver equações alométricas para estimar biomassa seca lenhosa e estudar a dinâmica de crescimento destas espécies da campinarana na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, localizado no município de São Sebastião do Uatumã, no Estado de Amazonas. O trabalho foi dividido em três capítulos. No primeiro capítulo analisou-se a distribuição da biomassa nos componentes da árvore acima do solo (tronco, galhos e folhas) e abaixo do solo (raízes totais e finas). Utilizando o método destrutivo foram abatidas 70 árvores de seis espécies florestais das campinaranas da RDS Uatumã. Todos os componentes foram pesados em campo. Em seguida, foi descontado o teor de umidade para obter a biomassa seca. Foram determinados a densidade básica da madeira e teor de umidade para cada espécie. A soma da biomassa seca total das árvores derrubadas, a contribuição de carbono e CO2 foram 20,69±0,33 Mg; 10,34±0,16 Mg C e 37,93±0,60 Mg CO2 respectivamente. As espécies que mais contribuíram em biomassa seca em ordem decrescente Aldina heterophylla, Sacoglottis guianensis e Manilkara cavalcantei. A distribuição da biomassa seca nos componentes foi: tronco 54,8%; galhos 34,6%; raiz principal 8,8% e folhas 1,8%. A densidade básica da madeira em média para as seis espécies foi de 0,72±0,08 g cm-3, variando de 0,64 até 0,86 g cm-3. A biomassa seca de raizes (BSR) total e finas nas parcelas permanentes de monitoramento (PPM) das campinaranas em média foi de 46,2±15,7 e 7,4±3,6 Mg ha-1 respectivamente. Nos primeiros 20 cm de profundidade a contribuição total de biomassa das raizes foi de 86%, sendo um ambiente com um alto investimento nas camadas superficiais devido a uma maior fertilidade do solo como foi analisado no perfil de distribuição dos principais macronutrientes. No segundo capitulo foram ajustadas equações alométricas para estimar biomassa seca lenhosa acima do solo (BSLAS) a partir de modelos matemáticos. Foram utilizados os parâmetros dendrométricos das 70 árvores derrubadas de seis espécies arbóreas mais importantes nas campinaranas da RDS Uatumã. As variáveis independentes utilizadas nas equações foram o diâmetro altura de peito (DAP), altura total (HT) e densidade básica da madeira (DB). As melhores estimativas para BSLAS foram feitas por uma equação logarítmica utilizando as três variáveis. A média de BSLAS estimada com o melhor modelo foi de 157±31 Mg ha-1, e teve um R2aj = 0,94; Syx% = 3,314; DIC (Critério de Informação) = 664,4; CF (fator de correção) = 1,019 e uma distribuição homogênea dos resíduos. Foram desenvolvidas equações alométricas específicas para as seis espécies do estudo. As equações ajustadas foram contrastadas com outras equações regionais e pantropicais encontrando a equação de Chave et al. (2005) como boa preditora para estimar BSLAS nas campinaranas. No terceiro capitulo, foi feita uma descrição das estruturas anatômicas da madeira das seis espécies de campinarana estudadas. Foi realizada a análise dos anéis de crescimento para estimar a idade das árvores, o incremento médio anual (IMA) em diâmetro, altura e biomassa seca lenhosa acima do solo A idade média de 70 10 árvores de seis espécies foi de 78±26 anos, variando de 16 a 232 anos. O IMA médio em diâmetro das seis espécies foi de 2,78±1,22 mm ano-1. Esses baixos valores de IMA das espécies estão principalmente relacionados à baixa fertilidade dos solos nas campinaranas comparadas com outras florestas de solos mais ricos em nutrientes (florestas de terra firme e várzea). As espécies que alcançaram maiores incrementos foram Cybianthus sp. e Aldina heterophylla. Desenvolveram-se padrões de crescimento das seis espécies mais importantes da campinarana e sua produtividade nas PPM da RDS Uatumã. A produtividade média em biomassa lenhosa acima do solo para as campinaranas da RDS Uatumã foi estimada 1,08±0,43 Mg ha-1 ano-1, inferior com a produtividade estimada em outros tipos florestais com as florestas alagáveis (igapó e várzea) e terra firme. A lenta dinâmica indica que estes ecossistemas são áreas prioritárias de conservação.<br style=" font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-s |