Alometria de Árvores e Biomassa Florestal na Amazônia Sul-Ocidental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Melo, Antonio Willian Flores de
Orientador(a): Santos, Joaquim dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4997
http://lattes.cnpq.br/9339997282776018
Resumo: As florestas tropicais do mundo, em especial a Floresta Amazônica, têm um papel im- portante, pois armazenam entre 193 ± 58 Pg – 228 ± 12 Pg de carbono e estão sofrendo processos intensivos de conversão em outros usos. A incerteza associada à quantificação desse reservatório de carbono e suas emissões, é grande. Em parte, pela baixa densidade de amostras de campo para caracterizar a variabilidade natural. O objetivo deste trabalho foi desenvolver para a Amazônia Sul-Ocidental, equações alométricas para estimar biomassa seca total, abaixo e acima do solo em árvores e bambu, como também, aplicar a dados de inventário florestal e testar métodos de extrapolação das estimavas para a paisagem usando informações de sensoriamento remoto. Para ajustar as equações alométricas foi realizada estimativa de biomassa, pelo método direto dos compartimentos, raiz (fina 2 mm < ∅ < 5 cm e grossa ∅ ≥ 5 cm), tronco, galhos (fino ∅ < 10 cm e grosso ∅ ≥ 10 cm) e folhas de 190 árvores com diâmetro variando entre 5 e 92 cm; e de 206 indivíduos de bambu (Guadua weberbaueri), subdividindo em biomassa abaixo (raízes) e acima (colmos, galhos e folhas) do solo. Foi determinada, também, a densidade básica da madeira em três posições no tronco e galho grosso (∅ ≥ 10 cm) em 81 árvores de diferentes espécies com diâmetro variando entre 11 e 90 cm. Para estimar biomassa florestal a partir de dados de sensoriamento remoto foram testados métodos e densidade de pontos LiDAR. Os resultados mostram que os padrões das relações alométricas para estimar biomassa de árvores na Amazônia Sul-Ocidental são distintos de outras regiões amostradas na Amazônia. Este fato pode estar relacionado a menor altura e densidade da madeira e maior teor de água da biomassa fresca. Foram testados oito modelos alométricos para estimar biomassa abaixo do solo, acima do solo e total de árvores individuais em floresta primária. Considerando os parâmetros de qualidade, praticidade de uso e custo, a equação de simples entrada em potência, envolvendo somente diâmetro (AGB tree = a × D b ) teve melhor desempenho na estimativa da biomassa florestal, sendo preferível a utilização da mesma. A biomassa de bambu é um importante componente do ciclo do carbono florestal em uma porção conside- rável da Amazônia Sul-Ocidental. Foi encontrada baixa relação alométricas da biomassa seca de bambu com diâmetro e altura, resultados contrários aos encontrados por outros autores, sugerindo haver padrões alométricos diferentes entre as populações de bambu nesta porção da Amazônia. Em condições de floresta tropical amazônica em ambiente de baixa variabilidade topográfica recomenda-se o uso de nuvens de pontos LiDAR com densidade ≥ 2 m −2 para gerar métricas de estrutura da floresta e estimativa de biomassa. As floresta abertas (+200.000 km 2 ) na Amazônia Sul-Ocidental são significativamente diferentes de florestas em outras regiões da Amazônia. Essas diferenças podem provocar disparidades de até 35% na biomassa florestal estimada e consequentemente nos estoques e fluxos de carbono entre as florestas e a atmosfera. Para melhorar a acurácia das estimativas de biomassa florestal via LiDAR deve ser levado em consideração: (1) A quantidade e tamanho das parcelas de calibração; (2) a densidade de pontos LiDAR; e (3) o método de computação. Palavras-chave: Biomassa florestal. Equações alométricas. LiDAR. Acre.