Características morfofisiológicas de plantas jovens de Hevea brasiliensis (Willd. Ex Adr de Juss.) Muell. Arg.) submetidas a diferentes ambientes lumínicos e ao estresse hídrico
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5142 http://lattes.cnpq.br/8162817922292933 |
Resumo: | A seringueria (Hevea brasiliensis) é uma espécie arbórea, nativa da floresta tropical Amazônica. Sua casca apresenta vasos laticíferos onde se dá a extração de látex. Atualmente, a demanda por látex é maior que a produção, havendo necessidade de expandir e/ou empregar técnicas mais eficientes de manejo dos plantios. Para tanto, conhecer as exigências ecofisiológicas frente à variação na disponibilidade de recursos como CO2, água, nutrientes e luz pode contribuir decisivamente para a produção mundial dos seringais. No entanto, deve-se registrar que as mudanças climáticas ou mesmo limitações dos recursos primários durante o plantio quase sempre impõem condições estressantes ao cultivo, em particular, os problemas relacionados ao ambiente luz (baixa ou alta irradiância) e à disponibilidade de água. O objetivo deste trabalho foi investigar alterações morfofisiológicas e bioquímicas em plantas jovens de H. brasiliensis crescendo sob diferentes ambientes de luz e submetidas à deficiência hídrica, assim como analisar a reidratação. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal – INPA. Os resultados demonstraram que ambientes com diferentes disponibilidades de luz afetam o desempenho fotossintético de plantas jovens de H.brasiliensis. Plantas submetidas à baixa irradiância (47,5 ± 8,2 μmol photon m -2 s -1 ) exibiram menores taxas fotossintéticas, maiores teores de pigmentos, maior área foliar bem como maior área foliar especifica. Por outro lado, sob maiores irradiância, moderada (257,5 ± 49,3 μmol photon m -2 s -1 ) ou alta irradiância (642,7 ± 116,9 μmol photon m -2 s -1 ) apresentaram maiores taxas fotossintéticas, menor área foliar, área foliar especifica e menores índices de desempenho bem como menores valores do rendimento quântico do fotossistema II. Os resultados relacionados à captura de luz sugerem que podem ter ocorrido efeitos fotoinibitórios sob maiores irradiâncias (moderada e alta irradiância). Embora no tratamento intermediário de irradiancia, as plantas tenham sofrido fotoinibição, é possível que tenha sido danos plenamente reversíveis, na medida em que houve maior acúmulo de biomassa, maior crescimento em altura e também maior sobrevivência neste tratamento. Adicionalmente, verificou-se que os primeiros mecanismos acionados sob diferentes intensidades de luz, foram os fisiológicos e depois os morfológicos. Logo, no estabelecimento inicial do cultivo de H. brasiliensis sugere-se que haja sombreamento moderado. Sob deficiência hidrica verificou-se que a espécie tolerou até 32 dias sem irrigação, momento em que a taxa de fotossíntese esteve próximo de 0 μmol m -2 s -1 . Não houve alterações no índice de desempenho, rendimento quântico do fotossistema e nos teores de pigmentos fotossintéticos, assim como na área foliar. Mas, destaca-se eficiente controle osmótico, provavelmente, influenciados pelos teores de açúcar solúvel e de prolina. A recuperação da fotossíntese se deu após 20 dias a partir do retorno da irrigação. Conclui-se que plantas jovens de H. brasiliensis apresentam plasticidade fisiológica moderada frente a diferentes intensidades de luz e sob deficiência hídrica. |