Status social e metabolismo aeróbico em Apistogramma agassizii e A. hippolytae (Perciformes: Cichlidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Kochhann, Daiani
Orientador(a): Val, Adalberto Luis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11450
http://lattes.cnpq.br/7757679895456942
Resumo: Esse estudo objetivou entender as relações entre metabolismo aeróbico e posição hierárquica em espécies do gênero Apistogramma (Cichlidae) e como diferenças ambientais poderiam influenciar essas relações. No primeiro capítulo, verificou-se a influência de mudanças na temperatura e na concentração de oxigênio da água nas interações sociais de grupos de Apistogramma agassizii. Também avaliou-se como essas mudanças influenciavam o metabolismo aeróbico da espécie e como os parâmetros comportamentais interagiam com os parâmetros fisiológicos. Observou-se uma redução na estabilidade das hierarquias de dominância de grupos de indivíduos mantidos em aquários submetidos a temperaturas mais elevadas. Aumento da temperatura e diminuição no oxigênio alteraram os níveis de agressão nos grupos de A. agassizii. Peixes dominantes em ambiente sem modificações ambientais foram os únicos que tiveram uma vantagem na taxa de forrageamento quando comparados aos subordinados. A taxa metabólica foi maior em peixes dominantes apenas nos aquários sem mudanças ambientais. O segundo capítulo avaliou como diferenças na complexidade estrutural do habitat interferem nas interações sociais de duplas de machos de A. agassizii. Além disso, verificou-se como a complexidade estrutural interfere na taxa metabólica dos animais e como esses parâmetros fisiológicos interagiam com os parâmetros comportamentais. Foi observado um aumento na frequência de mordidas desferidas pelos peixes dominantes nos aquários com maior complexidade ambiental. Também foi observado um aumento na taxa metabólica em peixes dominantes quando comparados aos subordinados, mas esse aumento ocorreu apenas nos aquários com maior complexidade ambiental. No terceiro capítulo investigou-se a existência de hierarquias de dominância nas interações sociais de populações naturais de A. hippolytae nas Reservas Dimona e Amanã. Além disso, verificou-se a influência do status social no metabolismo aeróbico de indivíduos da espécie. Grupos de A. hippolytae observados na Dimona tiveram taxas mais altas de agressividade e de alimentação quando compados aos grupos da Reserva Amanã. Foi observado que peixes dominantes possuem vantagens metabólicas nas duas localidades, porém na reserva Amanã peixes na última posição hierárquica possuem perfis metabólicos semelhantes aos peixes dominantes. Conjuntamente, esses resultados indicam que o status social influencia no metabolismo aeróbico de A. hippolytae e A. agassizii, e que os fatores ambientais interferem nessa influência.