Biologia reprodutiva de cinco espécies ornamentais de Apistogramma (Teleostei: cichlidae) da reserva de desenvolvimento sustentável Amanã-Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rocha, Ana Carolina Prado Valladares da
Orientador(a): Santos, Geraldo Mendes dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11266
http://lattes.cnpq.br/8529998283938072
Resumo: As espécies do gênero Apistogramma são amplamente difundidas no comércio de peixes ornamentais, devido à sua diversidade de cores, fácil criação e reprodução em cativeiro. Coletas para levantamento da ictiofauna com interesse ornamental em igarapés da RDS Amanã, realizadas pelo Projeto de Peixes Ornamentais do IDS Mamirauá, revelaram a presença de cinco espécies do gênero Apistogramma na região. Estas espécies foram selecionadas para este estudo com o objetivo de determinar as táticas reprodutivas e a estrutura populacional. Para cada espécie foram descritas macro e microscopicamente as diversas fases do ciclo reprodutivo e determinados a proporção sexual por mês e tamanho, o comprimento médio de primeira maturação gonadal, o período reprodutivo, tipo de desova, a relação peso/comprimento e o fator de condição. As coletas foram realizadas bimestralmente, de fevereiro/ 2006 a fevereiro/ 2007. Foram analisados 1769 exemplares de A. agassizii, 479 de A. bitaeniata, 121 de A. eunotus, 490 de A. pertensis e 645 de A. hippolytae.. O comprimento médio de primeira maturação (L 50 ) para fêmeas foi o seguinte: A. agassizii: 21,9 mm; A. bitaeniata: 25,5 mm; A. eunotus: 26,7 mm; A. pertensis: 27,2 e A. hippolytae: 27,7 mm. A proporção sexual de A. eunotus e A. pertensis foi sempre de 1:1 ao longo do tempo, entretanto as demais espécies apresentaram diferenças favoráveis às fêmeas ou machos em diferentes meses do ano. Para todas as espécies foram identificados cinco estádios de maturidade gonadal: imaturo, em maturação, maduro, esvaziado e repouso, sendo que este último não ocorre para machos. As avaliações macro e microscópicas indicaram que a desova é do tipo total para todas as espécies. A histologia das gônadas mostrou a presença de ovócitos na fase perinucleolar em testículos de machos de quatro espécies, exceto para A. agassizii. Estes dados indicam que estas espécies devem ser tratadas de forma diferenciada no caso de manejo e que há a possibilidade de reversão sexual para as espécies A. bitaeniata, A. eunotus, A. pertensis e A. hippolytae.