Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Talles Romeu Colaço |
Orientador(a): |
Zuanon, Jansen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11405
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Resumo: |
Algumas espécies de ciclídeos aparentemente passam por mudança de sexo protogínica (de fêmea para macho) em determinado momento do ciclo de vida. Embora o termo protoginia seja usado para mudança de sexo na fase adulta, mudança de sexo prematuracional também foi sugerida para ciclídeos. Em parte, isso decorre do registro da presença de presumíveis oócitos no testículo de alguns ciclídeos, aliado ao comportamento típico de espécies hermafroditas, com machos dominantes restringindo o acesso reprodutivo às fêmeas (ou seja, a mudança de sexo seria influenciada por fatores sociais). No entanto, em espécies de ciclídeos africanos Haplochrominae foram registradas espermatogônias gigantes nos testículos, ao invés de oócitos testiculares. Estas células supostamente aumentam em quantidade com a idade e em gerações de híbridos, sugerindo efeitos de anomalias associadas ao envelhecimento. No presente estudo, registramos a presença de espermatogônias gigantes nos testículos do ciclídeo-anão Apistogramma hippolytae e notamos variações marcantes na proporção destas células nas diferentes fases reprodutivas. Peixes em fase de regressão reprodutiva apresentam maior proporção dessas células, enquanto uma menor proporção é encontrada em indivíduos aptos a liberarem esperma. Esta mesma variação é normalmente encontrada em espermatogônias primárias de teleósteos ao longo do ciclo reprodutivo, o que sugere que espermatogônias gigantes são de fato células germinativas primárias, o que contraria a hipótese de anomalias por envelhecimento. De fato, tais células aumentam em quantidade com o tamanho dos machos de A. hippolytae, mas não há relação entre estas células e a agressividade dos indivíduos. Isso indica que fatores associados ao envelhecimento, que podem afetar a função testicular e agressividade, aparentemente não estão associados ao surgimento de espermatogônias gigantes. Além disso, nossos resultados experimentais indicam que interações sociais também não devem estar relacionadas ao surgimento ou quantidade dessas células nos testículos de A. hippolytae. Por fim, devido estas células ocorrerem comumente em diversas espécies de ciclídeos poligâmicos, sugerimos que o papel destas grandes células esteja associado ao desenvolvimento de espermatozoides maiores e, portanto, mais velozes, para garantir o sucesso reprodutivo nestes grupos que passam por intensa competição espermática. |